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Senado aprova Ellen Gracie para o CNJ

JUSTIÇA

Por 61 votos a favor, um contrário e uma abstenção, o plenário do Senado Federal aprovou ontem o nome da ministra Ellen Gracie para presidir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pela manhã, o nome da ministra já tinha sido aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com 23 votos. A sabatina na CCJ virou uma sessão de homenagem à ministra, que também vai presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de abril. No ímpeto de elogiar a ministra alguns senadores fizeram comentários de gosto duvidoso. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) preferiu destacar os atributos físicos de Ellen Gracie: “Ouvi falar muito da sua competência, do seu conhecimento jurídico e sua intelectualidade, mas o meu voto ainda leva em conta a beleza e o charme. Assim voto com muito prazer”, disse.

O senador Magno Malta (PL-ES) disse lamentar não ter se formado em advocacia e revelou que fez três vestibulares e não passou em nenhum. Malta contou ainda que fez uma consulta ontem por telefone a 30 gaúchos residentes em Porto Alegre. Ele disse que pegou a lista telefônica e aleatoriamente telefonou para 30 pessoas. “O que tenho a dizer é que o povo gaúcho tem muito orgulho da senhora”, afirmou.

Ao elogiar a ministra, o senador João Batista Motta (PSDB-ES) aproveitou para falar também de preconceito contra a mulher ocupar altos cargos públicos e do preconceito racial. “Desde que Pelé foi esposo de Xuxa todos têm preconceito no Brasil. Existe preconceito no Brasil”, afirmou o senador. O mais estranho comentário partiu do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Ele disse que conhece as mulheres por dois motivos: pela convivência que teve com sua mãe e também por ser médico ginecologista. “Como ginecologista, aprendi a lidar de perto com as mulheres, a entender muito profundamente a sensibilidade feminina”, disse.

Fonte: Jornal Estado de Minas.
(Incluída em 23/03/2006 às 08:45)

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