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Planos de saúde ainda precisam melhorar muito

As operadoras de planos de saúde brasileiras ainda precisam melhorar o atendimento aos usuários. A conclusão é do diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fausto Pereira dos Santos.
Hoje, a ANS divulgou o resultado de uma avaliação com 906 operadoras. Dentre as 723 empresas de planos médico-hospitalares, a nota média foi de 0,551 em uma escala de zero a um.
“É um resultado que mostra ao setor de saúde suplementar no Brasil que ele ainda precisa aprimorar muito seus mecanismos de qualificação, para que possa oferecer melhor assistência à saúde dos beneficiários dos planos”, disse Santos.
A nota da avaliação é obtida analisando-se o desempenho das operadoras nas áreas de atenção à saúde, de estrutura e operação, econômico-financeira e de satisfação do beneficiário. A pior nota ficou com a parte de atenção à saúde (0,434), justamente aquela que leva em consideração indicadores como a taxa de internações.
“Na verdade, as empresas controlam o número de procedimentos executados e não têm uma lógica de acompanhamento de qual foi o resultado para o cliente. Por exemplo, você acompanha o número de pré-natais e de ultrassons que foram feitos, mas não acompanha se o bebê nasceu bem, se ele foi encaminhado para um CTI ou até se houve uma natimortalidade”, disse.
As 183 operadoras de planos odontológicos conseguiram desempenho ainda inferior: 0,506. Na área de atenção à saúde, a nota foi de apenas 0,342, na escala de zero a um.
Outras 1.108 operadoras de planos de saúde não foram avaliadas pela ANS porque enviaram informações com erros à pesquisa ou simplesmente porque não mandaram os dados para a agência. Segundo a ANS, há 42 milhões de usuários de planos de saúde no Brasil.

Nenhuma empresa obtém nota máxima


A maioria das empresas mais conhecidas e de maior porte no setor de assistência médica recebeu notas que as colocam na faixa de indicadores entre 0,5 e 0,75. Foi essa, por exemplo, a faixa de notas das empresas Bradesco Saúde, Porto Seguro Saúde, Sul América Seguro Saúde, Golden Cross e Amil. Nenhuma operadora recebeu a nota máxima da ANS, ou seja, 1,0.
O diretor-presidente da ANS, Fausto Santos, alerta, porém, que esse resultado não significa que o consumidor não deva estar atento a eventuais falhas no atendimento.
"O consumidor atendido por uma empresa colocada nos dois últimos quadrantes [de 0,50 a 0,75 e acima de 0,75] pode ter a segurança de que essas são empresas com mais capacidade e estrutura de operação que as demais, mas isso não significa que não haja problemas."
O consumidor que quiser se queixar de uma operadora ou saber qual nota ela recebeu pode fazê-lo pelo telefone 0800-701-9656 ou pelo site www.ans.gov.br.



Fonte: Site do Jonal O Tempo
(Incluída em 06/09/2006 às 09:50)

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