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Primeiro dia de greve da 1ª Instância é marcado pela força e pela união das categorias


Não tem erro: quando existe união nos propósitos e na luta, os trabalhadores se fortalecem e se tornam capazes de enfrentar e vencer qualquer ato de injustiça.

Assim foi o primeiro dia de greve dos Servidores da Justiça de 1ª Instância de Minas Gerais. Com o apoio dos Servidores da 2ª Instância, liderados pelo SINJUS, e do MP, pelo SINDSEMP, que lutam basicamente contra as mesmas injustiças pelas quais vem lutando também os Servidores da 1ª Instância do TJMG, sob o comando do SERJUSMIG, os trabalhadores se reuniram em frente ao Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, em um ato que chamou a atenção para a forma injusta como as cúpulas do Tribunal de Justiça e do Ministério Público vêm tratando os direitos de seus trabalhadores.



Enquanto magistrados e procuradores tiveram garantidos pelas Administrações das Casas reajuste salarial em janeiro deste ano, além do pagamento de vários auxílios (como moradia, saúde, livro, etc.), os Servidores têm seus direitos negados. Nem mesmo a revisão geral salarial de 2015, garantida na Constituição Federal, está assegurada. Para isso, usam como justificativa a crise econômica pela qual passam o Estado e o País. Uma crise, porém, seletiva, que só se revela impeditiva quando o que está em jogo são os direitos dos Servidores.

“O Servidor está pagando sozinho a conta da crise”, reforçaram os sindicalistas em suas falas.

Após a concentração em frente ao Fórum, o grupo percorreu as ruas do entorno e parou por alguns minutos em frente à unidade do Ministério Público localizada na Rua Timbiras.

Entoando cantos – como uma versão da música “Poeira”, de Ivete Sangalo, sobre o congelamento da carreira – e gritos de ordem, durante mais de duas horas o grupo não se furtou a defender aguerridamente seus direitos.



Os trabalhadores que optaram por não fazer greve nesta segunda-feira, precisam compreender que, enquanto trabalham, o TJMG está retirando um a um todos os seus direitos. A carga horária já foi majorada, a carreira na prática congelada, a data-base negada, a Lei 20.865/2013 protelada ... Ademais, é injusto pensar que, enquanto trabalham, outros estão lutando incansavelmente pelos direitos de toda a categoria.

Assim, Servidor, una-se àqueles que neste 1º dia de greve já se conscientizaram de que não há conquista sem luta. E de que quem não luta não é digno de conquistas. O resultado da luta pela data-base 2015, a instituição do auxílio-saúde, melhores condições de trabalho, redução da carga horária até efetiva implementação da Lei 20865/2013 e, principalmente, respeito aos direitos de greve e de liberdade de manifestação dependem da força da categoria.

E a força da categoria depende da coragem e da disposição de cada um daqueles que não se contentam em aceitar humilhações e tratamento indigno como o que vem sendo imposto aos trabalhadores do Judiciário mineiro neste momento e também aos colegas do Ministério Público.

Antes de decidir por não fazer greve, pense: se hoje lhe retiram o direito à data-base 2015, por que não farão o mesmo com as dos anos subsequentes? Se descumprem a Lei da Data-Base, quem garantirá que todas as outras que lhe resguardam direitos não serão também descumpridas?

Ou a categoria dá um basta agora a esta onda de desrespeito ou assistirá à retirada de todos os seus direitos.

Venha: participe amanhã de mais um ato público conjunto, desta vez a partir das 14h na sede do Ministério Público de Minas Gerais - Av. Álvares Cabral, 1690, BH, de onde os manifestantes seguirão em passeata para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Rua Rodrigues Caldas, 30).

Para os Servidores que nesta greve parcial estão encerrando as atividades às 15h, um ônibus sairá da sede do SERJUSMIG em direção à ALMG às 15h15. Os servidores de BH que quiserem poderão se unir em delegações de pelo menos três servidores e fretar um táxi. O SERJUSMIG fará o reembolso posterior mediante apresentação do comprovante.

Se você ainda tem dúvidas sobre a Greve parcial, deflagrada pelos Servidores na AGE do último dia 5/10, assista à uma explicação da presidente do SERJUSMIG, Sandra Silvestrini, sobre o porquê da greve, “Ponto Paralelo”, quais ações tramitam durante a paralisação, dentre outros pontos importantes.

Caso sua dúvida persista, entre em contato conosco pelo e-mail greve2015@serjusmig.org.br

“Quem não luta por seus direitos, não é digno deles”.
Rui Barbosa

(Incluída em 13/10/2015 às 23:03)

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