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Oposição critica proposta de reajuste do funcionalismo

Parlamentares da oposição criticaram a mensagem do governo que limita os reajustes salariais do funcionalismo público à variação acumulada da inflação do ano anterior, acrescidos de 1,5% ao ano. Enviada ontem ao Congresso, a medida pode entrar em vigor neste ano com validade até 2016. O objetivo é controlar os gastos com pessoal, que consomem grande parte das receitas da União.

Na opinião do líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja (SC), falta ao governo uma política salarial para os servidores públicos. "O governo precisa conter uma certa farra que existe de aumento salarial em alguns setores do funcionalismo. Há um achatamento em alguns lugares e outras categorias são privilegiadas. O governo não tem um plano para o funcionalismo, trabalha na pressão e, para diminuir a pressão agora, ele tenta indexar. Essa não é a melhor forma", avaliou.

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), esperava medidas mais rigorosas para conter a expansão de gastos do governo com pessoal. Para ele, o mecanismo escolhido pelo governo de vincular o aumento dos salários dos servidores públicos à variação da inflação está superado. "Isso que o governo está fazendo é uma indexação, coisa que nós abandonamos quando começamos o Plano Real. O governo teria que fazer uma gestão dos recursos humanos, deixar de contratar de forma aleatória, extinguir cargos de confiança, racionalizar o serviço público e aí, sim, ia fazer o controle dos gastos públicos."

Defesa
O vice-líder do PT Fernando Ferro (PE) rebateu as críticas de Aleluia e defendeu o atual governo. "O governo que ele comandava na Câmara [Governo Fernando Henrique Cardoso] nunca deu reajuste de salários aos servidores. Pelo contrário, arrochou, cortou salário, provocou demissão e terceirização. Nós estamos estabelecendo planos de cargos e carreiras, promovendo reajustes salariais reais, ganhos reais, acima da inflação, como nunca fizeram antes."

Estima-se que os gastos da União com a folha de pessoal e encargos sociais chegue a R$ 128 bilhões neste ano.

Fonte: Site da Agência Câmara
(Incluída em 26/01/2007 às 15:28)

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