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De olho nas urnas

POLÍTICA


Sem completarem um ano do novo mandato, parlamentares já se vêem atraídos novamente pela guerra dos votos, visando as prefeituras

Com menos de um ano de mandato, 41 deputados estaduais e federais mineiros planejam disputar novas eleições. Desta vez, às prefeituras. Ainda em meio à indefinição das regras do jogo, sobretudo em relação à fidelidade partidária, parlamentares majoritários nas cidades, ou com base eleitoral concentrada, despontam como futuros candidatos. Belo Horizonte, Betim e Montes Claros são as cidades em que mais deputados se atiram à empreitada. Algumas investidas não passam de balão de ensaio, destinado a negociações futuras. Outras atendem à estratégias partidárias. Há ainda prováveis concorrentes que querem mesmo é manter o controle político em municípios onde fizeram carreira política.

Mirando no maior colégio eleitoral do estado (de 1.732.606 eleitores), nove parlamentares colocam as apostas na mesa, sonhando em governar Belo Horizonte. Se, na Câmara Municipal, a sustentação política ao governo Fernando Pimentel (PT) se estende por um amplo leque – que engloba PT, PC do B, PDT, PV, PPS, PMDB , PR e PSB, além de meia dúzia de legendas de pouca expressão –, quando o tema é sucessão os partidos não falam a mesma língua. Neste momento em que o governo municipal ainda não anunciou um nome para a disputa, seis dos nove parlamentares interessados são de legendas que integram a base municipal.

A deputada federal Jô Moraes (PC do B) atende ao chamado do partido, aliado histórico do PT, que traça como estratégia nacional candidaturas próprias nas principais cidades brasileiras. No PMDB mais de um nome sonha com o cargo. O presidente municipal da legenda, o deputado federal Leonardo Quintão (filho do prefeito de Ipatinga, Sebastião Quintão (PMDB) vem anunciando, há mais de um ano, a disposição de concorrer. Ele não é o único . O deputado estadual Sávio Souza Cruz afirma que, se o PMDB não apresentar um candidato com consistência eleitoral e que agregue o partido, ele próprio pleiteará a indicação. O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), reage aos desacertos das bancadas estadual e federal e avisa: “PMDB e PT têm de manter a aliança nacional que sustenta o governo Lula”. Hélio Costa critica as pré-candidaturas peemedebistas, considerando-as “precipitadas”. Segundo ele, além de não ser viáveis, se restringem a “interesses pessoais”.

No PV, a perspectiva de concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte gera discórdia ainda maior. O deputado federal Antônio Roberto, que concentrou na capital mineira 81,8 mil dos 141,2 mil votos recebidos, desponta como pré-candidato natural. Mas ele tem concorrentes. Além do deputado estadual Délio Malheiros, o vice-prefeito Ronaldo Vasconcelos e o ex-deputado federal Leonardo Mattos também reivindicam a indicação. Da mesma forma, no PT o deputado estadual Roberto Carvalho acalenta o desejo explicitamente. Há outros nomes lembrados, como o do deputado federal Virgílio Guimarães e o da vereadora Neusinha Santos. Nenhum deles, entretanto, entusiasma os articuladores petistas, que buscam um candidato de expressão nacional, como Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O deputado estadual João Leite (PSDB) gostaria de concorrer pela terceira vez, mas apenas se tiver a garantia de que o seu partido caminhará unido na guerra eleitoral. Até agora, os tucanos estão tão indefinidos quanto os petistas. São anunciados como prováveis candidatos o senador Eduardo Azeredo (PSDB) e o ex-presidente da República, Itamar Franco, hoje sem partido, que mantém o título eleitoral em Juiz de Fora. Entre tradicionais aliados do PSDB, também surgem postulações: o deputado estadual Gustavo Valadares, filho do presidente do Atlético Ziza Valadares, tem dito que estuda os problemas da cidade, de olho na eleição. Ele acredita que terá apoio da torcida alvinegra nessa empreitada ambiciosa.

Fonte: Jornal Estado de Minas
(Incluída em 20/08/2007 às 09:30)

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