Retorna ao índice de Destaques Ipea atesta: Brasil tem Estado ‘enxuto’
Países desenvolvidos da Europa, bem como parceiros do Mercosul e os Estados Unidos têm percentuais de servidores públicos bem superiores
Brasil - “o tamanho do NOSSO Estado é muito pequeno quando comparado a países como Estados Unidos; parceiros do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul), nações da Europa e da Ásia” . A conclusão é de um estudo do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) recentemente divulgado. De acordo com o levantamento (sobre a participação do emprego público no Brasil) , em NOSSO País, do total de trabalhadores com carteira assinada, o percentual de servidores públicos é inferior a 11%. Considerando-se a totalidade da população, a porcentagem de serventuários é de apenas 6%. Ou seja, os dados mostram que as afirmações de que o Estado Brasileiro seria inchado (devido a suposto excesso de servidores públicos) não possuem respaldo concreto.
Segundo o estudo do Ipea, no Brasil, o chamado Emprego Público, considerando-se o total de ocupados, tem menos servidores do que todos os nossos parceiros do Mercosul, além de ficar atrás de países como EUA, Espanha, Alemanha, Austrália, Dinamarca, Finlândia e Suécia. Nos Estados Unidos, por exemplo, que é a maior economia capitalista (caracterizada pelo seu caráter de “emprego privado, tão elogiado pelos discursos liberais de ESTADO MÍNIMO”), o peso do emprego público chega a 15% dos ocupados. O documento do Ipea afirma, ainda, que este é um momento essencial para se debater o papel que o emprego público exerce na sociedade brasileira. Afinal, ainda há resquícios da crise mundial (que, indiretamente, afetam a produtividade do setor privado do Brasil). Como, por aqui, os indicadores revelariam “a existência de um espaço para criação de ocupações emergenciais no setor público, especialmente nas áreas mais afetadas pelo desemprego” , investir nesse propósito seria uma forma de minimizar os impactos da citada crise na economia nacional.
Técnicos do Instituto teriam ressaltado, ainda, que “aumentar e qualificar o Estado brasileiro é uma condição imprescindível para o resgate de nossa imensa dívida social. Talvez a maior do mundo.” A análise conclusiva do Estudo aponta não haver qualquer “inchaço” na máquina pública Brasileira, como tanto já se afirmou. Na verdade, aqui, o Estado seria pequeno para dar conta dos desafios impostos pela sociedade da mercadoria. Segundo texto divulgado no site do Ipea, hoje, faltam “intervenções públicas para constituir políticas; impor decisões não-privadas; ampliar espaços democráticos; reduzir a influência de oligarquias; aumentar a participação e a influência da população, bem como planejar, de forma sustentável, o futuro do nosso desenvolvimento social” . (Fonte: dados do Estudo e do relatório do Ipea) .
(Incluída em 10/01/2011 às 16:32)
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