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CRIMES DE UNAÍ: protesto em prol de punição aos envolvidos!

Auditores Fiscais do Trabalho realizam ato público sexta, 28, pedindo JUSTIÇA! Já são SETE anos de IMPUNIDADE!


Uma manifestação contra a IMPUNIDADE é realizada na manhã desta sexta-feira, 28 de janeiro de 2011, em frente ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Belo Horizonte. O protesto, que relembra sete anos da Chacina de Unaí (MG), é organizado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e pela Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais (AAFIT/MG). O protesto é para, mais uma vez, pedir a punição dos envolvidos no crime. O SERJUSMIG endossa o coro dos colegas auditores e se solidariza com esta batalha por EFETIVA JUSTIÇA! Segundo nota do Sinait, o protesto terá a presença de familiares das vítimas; sindicalistas; autoridades; políticos e Auditores Fiscais do Trabalho de todo o Brasil.

Entenda o caso: em 28 de janeiro de 2004, numa estrada rural do município de Unaí, três Auditores Fiscais do Trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram emboscados e assassinados . São eles, respectivamente: Erastótenes de Almeida Gonçalves; João Batista Soares Lage; Nelson José da Silva e Ailton Pereira de Oliveira. O crime, dada a sua ousadia, teve grande repercussão nacional e internacionalmente. Afinal, atingiu não apenas cidadãos, mas agentes de Estado no exercício de seu trabalho.

Em julho do mesmo 2004, nove envolvidos - entre mandantes e executores - foram apontados pelas investigações. E, em dezembro do mesmo ano, o TRF 1ª Região expediu Sentença de Pronúncia, decidindo que TODOS os réus deveriam ir a júri popular. Porém, até hoje (27/1/2011), não houve o efetivo julgamento dos envolvidos. Atualmente, quatro réus estão em TOTAL liberdade, beneficiados por Hábeas Corpus; os outros cinco permanecem presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). O fazendeiro Antério Mânica, indiciado como o mandante do crime, teve seu processo desmembrado dos demais. Isso porque, depois do crime, Mânica foi eleito prefeito de Unaí e, com isso, adquiriu "direito" a foro especial. Por determinação da Justiça, ele só vai ser julgado após concluído o julgamento dos demais implicados.

A diretoria do SERJUSMIG, assim como os companheiros da Primeira Instância da Justiça Estadual (que, não raro, enfrentam - e bem de perto - riscos de morte no exercício da profissão) aplaudem a reação dos Fiscais contra essa absurda impunidade. Mais uma vez, reafirmamos NOSSA COMPLETA SOLIDARIEDADE ao colegas Auditores Fiscais do Trabalho, bem como aos familiares das vítimas, lamentando a tamanha demora no julgamento dos acusados. (Fonte: Release do Sinait)
(Incluída em 27/01/2011 às 16:16)

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