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5º Encontro dos Movimentos Sociais leva à Cemig mais de 600 mil assinaturas pela redução na conta de luz

Plebiscito popular lançado em outubro de 2013 conseguiu 603 mil assinaturas, em 300 municípios mineiros, reivindicando a redução das tarifas de luz em Minas Gerais

A Praça da Assembleia foi palco, entre os dias 1° e 3 de maio, do 5º Encontro dos Movimentos Sociais. Entre outras pautas, representantes do movimento, apresentaram aos milhares de participantes, o resultado do Plebiscito Popular que reuniu 603 mil assinaturas, solicitando a redução das tarifas cobradas pela Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig. Os comitês dos municípios participantes organizaram uma manifestação na tarde de 2 de maio, em frente à sede da CEMIG. Cerca de 2000 pessoas lançaram à frente da empresa as milhares de cédulas coletadas, com 99,5% a favor da redução da tarifa.


Cédulas são lançadas em frente à sede da CEMIG



Iniciativa de vários movimentos sociais mineiros, o Plebiscito teve o intuito de chamar atenção para a alta tarifa aplicada pela CEMIG, incompatível com os gastos de produção. De fato, segundo Gilberto Cervinski, liderança nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), diferente de outros países como a França ou a China que produzem energia de maneira termoelétrica a partir da queima de combustíveis (urânio, petróleo, carvão, etc.), o Brasil tem quase 90% da sua energia produzida a partir de centrais hidroelétricas. Essa energia tem um custo bem menor, já que a água é gratuita e abundante. Porém, a energia no Brasil, e especialmente em Minas, é uma das mais caras do mundo.


Passeata reuniu milhares de representantes de movimentos sociais



Com o aumento da tarifa da energia no início de abril, alegando a falta de chuva para alimentar as centrais hidroelétricas e a necessidade de comprar energia de outras fontes, o Plebiscito passa a ter ainda mais importância na luta pela redução da tarifa. Sônia Maranho, do Movimento dos Atingidos por Barragens, explica que é ainda possível pressionar para que o reajuste de 14% não seja reconhecido legalmente. “Precisamos manter uma mobilização contínua para exigir que a CEMIG devolva o dinheiro injustamente cobrado dos mineiros”, afirma.

O próximo passo, ainda dentro das conseqüências do Plebiscito, é que os comitês municipais marquem audiências públicas com as prefeituras e câmaras de vereadores das suas cidades. Haverá também uma audiência estadual, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, marcada para 19 de maio.

Os comitês se organizam para construir mais um plebiscito, desta vez nacional, que reivindica mudanças no Sistema Político brasileiro, através da reformulação da Constituição Federal.

Acesse a página do movimento e manifeste seu apoio!

* texto e foto - Equipe de Comunicação do Encontro dos Movimentos Sociais MG
(Incluída em 06/05/2014 às 12:09)

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