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Mobilização de Servidores ganha apoio da sociedade


Durante cerca de três horas, Servidores do TJMG se reuniram hoje na frente da unidade Raja Gabaglia do Tribunal para protestar contra o autoritarismo da atual presidência do Órgão, que se recusa a ouvir e a dialogar com seus trabalhadores.

Organizada pelo Sinjus, e apoiada pelo SERJUSMIG, a manifestação reafirmou a pauta de reivindicações da categoria, dentre elas: a instituição do auxílio-saúde para os Servidores e respeito à data-base, no índice da inflação do período. Além disso, houve protesto contra o auxílio-moradia de R$ 5 mil reais pago aos magistrados e também contra a terceirização e estagiarização desenfreada que acontece atualmente no Judiciário mineiro. Outro ponto que entrou na pauta dos Servidores foram os protestos contra o despejo do Teatro Klauss Viannada da futura sede do TJMG, na Av. Afonso Pena, anunciada para acontecer no próximo dia 30 de junho.

Os manifestantes pararam uma pista em cada sentido da Av. Raja Gabaglia. Com cartazes, faixas e apitos, eles conseguiram o apoio em peso da população e dos motoristas que transitavam pelo local, que buzinavam favoráveis ao protesto.

Durante a manifestação, o coordenador-geral do Sinjus, Wagner Ferreira, enfatizou que, já que a presidência do TJMG não dialoga com os Servidores, estes irão, então, dialogar com a sociedade. Ele ressaltou também a postura arbitrária do atual presidente, destacando que jamais houve na história do Tribunal uma administração tão autoritária.

Durante seu discurso, Wagner destacou que o Sinjus verificou irregularidade no processo de contratação de uma empresa terceirizada e que denunciou o fato hoje ao Tribunal de Contas do Estado.

A presidente do SERJUSMIG, Sandra Silvestrini, avaliou o ato conjunto de hoje como muito bem sucedido. Para ela, numa espécie de continuação da mobilização realizada no dia da greve da 1ª Instância (09/04) quando os servidores promoveram um buzinaço para chamar a atenção da cúpula do TJMG, hoje foi a vez da sociedade promover o buzinaço. “Na paralisação do dia 9/4, os Servidores fizeram um buzinaço para chamar a atenção do TJMG e da sociedade para os problemas enfrentados pela categoria; hoje foi a vez da população fazer um buzinaço em apoio aos trabalhadores do judiciário mineiro”, diz.

Sandra fez questão de lembrar aos Servidores sobre o fato de que o atual presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que hoje se nega a negociar com a categoria e, mais do que isso, ameaça com corte de ponto os Servidores que exercem seu direito de greve, haver liderado, no ano 2000, um movimento de greve da magistratura.

Ao final da manifestação, os Servidores despejaram serragem nas escadarias do Tribunal como uma maneira de simbolizar a “cara de pau” da administração, que insiste em dizer que a atual gestão é “participativa”, quando, na verdade, ela é autoritária e unilateral.

Os Servidores e as lideranças sindicais prometem continuar as mobilizações até que sejam efetivamente ouvidos pelo presidente do TJMG e tenham suas reivindicações atendidas.

(Incluída em 18/04/2015 às 19:57)

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