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Câmara apoia nota contra Campanha Salarial e SERJUSMIG responde, sugerindo que seus membros contribuam para a solução do conflito instalado pela falta de diálogo da atual gestão


Durante sessão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, realizada no dia 29/7/15, alguns desembargadores tomaram a palavra para se manifestar a favor da nota divulgada pela Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) em repúdio à Campanha Salarial do SERJUSMIG.

Segundo nota taquigráfica, encaminhada ao Sindicato por aquela Câmara do TJMG na mesma data em que foi realizada a referida sessão, o desembargador Wagner Wilson, presidente da sessão, dentre outros pontos teria afirmado: “Fica o registro dessa manifestação dos Magistrados, porque a campanha, além de mentirosa, não contribui em nada para o aprimoramento da Justiça do Estado de Minas Gerais.”

Já o desembargador Pedro Aleixo, depois de registrar adesão à nota da Amagis, pontuou: “Certo que, realmente, a atitude de conflito, e mais, de conflito injustificado e infundado, só contribui para o agravamento das relações institucionais. Estamos todos no mesmo barco e se alguém, por razões que não nos compete aqui questionar, começa a querer furar o casco, o barco afunda e, inclusive, ele vai junto.”

Em seguida, o desembargador José Marcos Vieira ressaltou: “[...] qualquer movimento, por legítimo que seja, não pode fazer praça de uma inverdade.”

Sobre as afirmações dos desembargadores, o SERJUSMIG reitera o que disse em relação à nota da Amagis e também em relação à recente entrevista do presidente da Amagis à Rádio Itatiaia. Seria importante que estes, bem como a Amagis, respondessem às seguintes indagações, tendo como base que o que foi dito na campanha se limitou às seguintes afirmações: 1) Os magistrados tiveram reajuste de quase 15% em janeiro e 2) Que recebem auxílio-saúde de cerca de R$3 mil e auxílio-moradia de quase R$5 mil, além de afirmar que juízes não são tubarões, quais inverdades foram ditas?

Sobre o ponto de vista do des. Pedro Aleixo sobre a eventualidade de o barco vir a afundar, apesar de respeitar o magistrado, o Sindicato, assim como os Servidores que representa, têm outro sentimento e preocupação, qual seja: que, ante ao cenário hoje enfrentado pela categoria, se há grande risco de o “barco afundar", há também o risco de os comandantes pegarem os poucos botes disponíveis e deixarem o restante da tripulação (os servidores) à deriva.

Lembramos que o SERJUSMIG, desde o início da atual Administração, tenta estabelecer com o TJMG a abertura de um diálogo franco e respeitoso, porém esta tentativa não teve, até então, sucesso, conforme já relatamos em diversas matérias em nosso site. Quanto à Campanha Salarial que o Sindicato vem veiculando em rádios e TVs de todo o Estado desde o dia 22/7/15, é legítima e nada tem de atentatória à dignidade do Poder Judiciário ou da Magistratura.

O Sindicato acredita e gostaria que os desembargadores atuassem, neste momento (e há muito espera isto), como conciliadores, tentando, acima de tudo, conhecer todos os fatos que vêm sendo amplamente divulgados pelo SERJUSMIG – e que nada têm de mentirosos - e, assim, tentar intermediar as negociações do Sindicato para com a Administração do Tribunal.

Lembrando que, até então, a entidade teve uma única atuação expressa neste sentido, que foi a posição da Ouvidoria do TJMG, que, ao ficar ciente das reivindicações da categoria, manifestadas durante ato público em abril deste ano, enviou ofício ao desembargador Pedro Bitencourt, solicitando a ele que estabelecesse ações relativas à abertura do diálogo direto com as entidades sindicais e à valorização da categoria. Apesar da ação da Ouvidoria, o ofício foi absolutamente desconsiderado pelo atual presidente do TJMG.

No mais, o sindicato reitera que não abrirá mão de continuar sua legítima luta em defesa dos direitos da categoria que orgulhosamente representa!




(Incluída em 07/08/2015 às 15:32)

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