SERJUSMIG - Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais

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Ato em defesa da liberdade de expressão, do direito de greve e da pauta de reivindicações

No início da tarde de hoje, centenas de Servidores se reuniram em frente ao Fórum Lafayette em um Ato Público organizado pelo SERJUSMIG, em defesa da liberdade de expressão, do direito ao exercício de greve e da pauta de reivindicações da categoria.

Além deles, em outras comarcas do Estado centenas de outros Servidores se manifestaram contra as mazelas internas enfrentadas por toda a categoria.

O ato de hoje foi, principalmente, em solidariedade aos colegas que estão sendo processados pelo atual ocupante do cargo de presidente do TJMG por protestarem contra os atos da atual gestão do Tribunal. Além deles, o SERJUSMIG e a presidente do Sindicato, Sandra Silvestrini, também estão sendo processados pelo presidente, sendo que a AMAGIS processou o Sindicato.

A gravidade que é tentar impedir, pela “canetada”, a luta de uma categoria por seus direitos, foi algo que todos os sindicalistas presentes fizeram questão de ressaltar e hipotecar total apoio aos processados.

A defesa do direito de Expressão e também o de Greve como instrumentos fundamentais nas lutas das categorias organizadas também permeou todas as falas.

Num gesto simbólico de homenagem aos Cinco Servidores que foram processados judicialmente pelo ocupante do cargo de presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), simplesmente por terem decidido, num ato de protesto espontâneo, substituir suas fotos de perfil no Facebook pela imagem e informações publicadas na edição nº 888 da Revista Época, e aos 10 contra os quais o presidente solicitou a abertura de processos administrativos, foi reproduzido parte do voto da Ministra Cármen Lúcia em julgamento sobre caso relativo à Liberdade de Expressão, destacando-se as seguintes frases:

“Sem verbo há o silêncio humano, às vezes, desumano.”

“Palavra é liberdade e convivência para libertação das pessoas e dos povos.”

“Na ciranda de roda da minha infância, alguém ficava no centro gritando: "Cala a boca já morreu, quem anda na minha boca sou eu". O tempo ensinou-me que era só uma musiquinha não uma realidade. Tentar calar o outro é uma constante.”

“Mas na vida aprendi que quem por direito não é senhor do seu dizer, não se pode dizer senhor de qualquer direito.”

“Também aprendi que a vida conjuga-se no plural. A garantia de falar do outro que me cumpre hoje, juíza, garantir, pode ter conteúdo, a minha própria vida.”

Apoio
Além dos Servidores, que compareceram em peso, o Ato também recebeu a presença de vários dirigentes sindicais, que solidários ao SERJUSMIG e aos Servidores, assinaram recentemente moções de apoio.

Sindicalistas como Beatriz Cerqueira, presidente da CUT Minas e coordenadora geral do SinduteMG (Trabalhadores em Educação); Maria Abadia de Souza, presidente do SISIPSEMG (Servidores do IPSEMG); Wagner Ferreira, coordenador-geral do SINJUS-MG (2ª Instância do TJMG); Igor Teixeira, diretor do SINDOJUS-MG (Oficiais de Justiça Avaliadores do TJMG); Helio Diogo, da ASSOJAF (Associação dos Oficiais de Justiça Federais); e Wilton Renato, diretores do SINTC-MG (Servidores do Tribunal de Contas do Estado de MG).

“A manifestação de hoje demonstra que o Servidor não está disposto a abrir mão de lutar por seus direitos. Que tem consciência de que a luta que tem sido feita é legítima e justa e que a Liberdade de Expressão é um direito precioso demais para se permitir que quem quer que seja lhe a arranque”, avalia Sandra Silvestrini.

Impedir que a mordaça seja usada para calar as manifestações legítimas da categoria foi o compromisso firmado por todos ao final do Ato.

Assista à matéria veiculada pelo programa "Linha Dura", em Uberlândia: "Servidores do Tribunal de Justiça reivindicam reajuste salarial em Uberlândia"

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