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Licitação deflagra crise no TJMG

Conforme noticiado pelo Novojornal diversas vezes, os editais para construção da nova sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) continham flagrantes e insanáveis erros que favoreciam algumas empresas participantes do certame.

Depois de uma tumultuada tramitação, a comissão de licitação havia optado pelo cancelamento do possesso de concorrência por considerar o “certame ilícito”, além de irregularidades na documentação, apresentada pelas empresas, o que vigorou, até a última quinta feira dia (19), com a publicação no Órgão Oficial do TJMG da decisão do presidente da comissão e do Tribunal desembargador Orlando Adão de Carvalho, dando provimento ao recurso e mantendo o certame.

Classificadas estão as empresas: Delta Construções do Rio de Janeiro, Schain Engenharia de São Paulo e Santa Bárbara de Minas Gerais, que haviam apresentado recurso contra a decisão da comissão, revogada pelo presidente.

A obra está, inicialmente, orçada em R$ 350 milhões, mas facilmente ultrapassará R$ 1 bilhão.

Há cerca de três meses, empresários do setor, que denunciavam que seria uma licitação de cartas marcadas, publicaram o resultado do certame licitatório de maneira cifrada na imprensa e, a empresa indicada na publicação como ganhadora, está entre as finalistas.

Uma pergunta deve ser feita.

Por que, contrariando a decisão da maioria dos membros da licitação, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, de forma tão incisiva, resolveu manter a licitação?

Em Minas Gerais a situação das instituições se encontra da mesma forma que no resto do país.

Existe uma nítida aparência de “final de festa”, vale tudo.

A sociedade assiste assustada e descrente.

Fonte: Novo Jornal.
(Incluída em 24/07/2007 às 09:25)