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Com a pauta interna parada, categoria volta à luta

Sind-Justiça-RJ


Dia 9 tem assembléia!< /i>

Um dos principais motivos para que os serventuários encerrassem a sua história greve de 65 dias foi o compromisso do presidente do TJRJ, desembargador Murta Ribeiro, de atender diversos itens da pauta interna da categoria. Estavam lá o retorno do Visa Vale nos afastamentos legais e das promoções, concessão do auxílio-locomoção — no valor mensal de R$ 92,40 —, além do pagamento, ainda em dezembro, de um abono natalino de R$ 150 para o pessoal da ativa.
Todos estes compromissos, entretanto, até agora não se tornaram oficiais. E pior: o Visa Vale nas férias e licenças, que deveria ser apreciado pelo Órgão Especial em sua Sessão do último dia 1º, foi retirado de pauta, transferido para a do próximo dia 9, que também irá apreciar o auxílio-locomoção. Quanto ao pagamento dos atrasados do reajuste de 5% em folha suplementar no mês de dezembro, até o momento não há confirmação.
Tudo isso parado enquanto se aproxima o início do recesso e o término do mandato da atual Administração do Tribunal. A categoria, reunida em Assembléia Geral no dia 3, em frente ao Fórum Central, decidiu dar um BASTA à esta morosidade. Afinal, compromissos assumidos devem ser cumpridos e a presidência do TJRJ não pode escapar a esta regra. Também é imperdoável que esta questão vá para as mãos do próximo desembargador que venha ocupar o posto máximo do Poder Judiciário.

Mobilização e assembléia

A mesma assembléia deliberou que a próxima terça-feira, dia 9, será um dia de intensa mobilização. Iremos acompanhar a Sessão do Órgão Especial, que se reúne desde às 13h, no 10º andar do Fórum Central. É fundamental que lotemos o plenário e, para isso, vamos precisar de muita gente. Já às 18h, em frente ao Fórum Central, será a vez de participarmos da Assembléia Geral, que precisará contar com a presença massiva das Comarcas do Interior. Lá, caso não haja avanços no atendimento da pauta interna, os serventuários irão avaliar se deflagram uma nova greve.
“A categoria acumulou muito com os mais de 60 dias de greve e esta força, se depender dos seus lutadores, não vai se transformar em pó. A experiência que temos nos mostra que não podemos ter nenhuma confiança no Poder, já que muitas de suas promessas ao longo dos anos não foram cumpridas. Só podemos confiar em nossa capacidade de lutar, unidos e determinados a vencer”, diz Amarildo Silva, presidente do Sind-Justiça.


Lutador é meu amigo! Mexeu com ele, mexeu comigo!

GUERRA CONTRA O ABUSO DE PODER

A assembléia do dia 3 aprovou ainda intensificar a campanha de solidariedade à companheira Vitória Régia, lutadora e escrivã da Comarca de Angra dos Reis. Ela está injustamente respondendo à sindicância, instalada por uma magistrada, por conta de um texto de sua autoria vinculado no Fala Servidor, no site do Sindicato.
Além de darmos continuidade ao abaixo-assinado em defesa da companheira, também será organizada uma caravana a Angra dos Reis no dia em for realizada a audiência do processo. E solidariedade é assim mesmo: se faz na prática!
Outro que também está sofrendo retaliações por causa da sua coerente postura em adesão à greve é o delegado sindical de São Gonçalo, Leonardo Freitas, lotado na 1ª Vara Cível desta Comarca. Aos dois e a qualquer outro que venha a ser perseguido ou vitimado por assédio moral, um recado: o Sindicato não poupará esforços em defendê-los.

TRIBUNAL POPULAR COLOCA ESTADO BRASILEIRO NO BANCO DOS RÉUS

Cobrar justiça para os crimes do Estado contra a população brasileira, especialmente a mais pobre, é o objetivo do Tribunal Popular: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus, que tem início nessa quinta-feira, dia 4, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. A iniciativa, organizada por mais de 70 movimentos e organizações sociais, pretende servir de contraponto às comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e 20 da atual Constituição Brasileira.
O presidente da Associação Brasileira da Reforma Agrária (Abra), Plínio de Arruda Sampaio, avalia que a importância do Tribunal será mostrar que não existem motivos para festejar, pois esses documentos, que prometem garantia de integridade aos trabalhadores brasileiros, não vêm sendo respeitados.
— Todas essas comemorações exaltam o direito do povo à democracia, mas a verdade é que o Estado brasileiro nunca foi tão repressivo com a população pobre como nesse momento.
O Tribunal Popular realizará quatro sessões de instruções, que ocorrerão entre os dias 4 e 5 de dezembro — no dia 6, será a sessão final de julgamento. Os casos julgados são considerados emblemáticos sobre a questão da violência institucional: operações militares no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, em 2007; sistema carcerário e execuções de jovens negros na Bahia; execuções na periferia de São Paulo em maio de 2006; e a criminalização dos movimentos sindicais, de luta pela terra, pelos direitos indígenas e quilombolas no Rio Grande do Sul.


Fonte: Site Sind-Justiça-RJ
(Incluída em 04/12/2008 às 07:47)

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