Retorna ao índice de Giro Sindical Juízes cobram transparência
Judiciário de Minas
Os magistrados mineiros não estão satisfeitos com a forma de administração e a transparência do Poder Judiciário no Estado. Eles pedem mais participação na gestão do Tribunal de Justiça (TJMG) e na aplicação dos recursos do órgão. As conclusões fazem parte da primeira pesquisa feita entre os membros do poder sobre o funcionamento do sistema, chamada “Radiografia da Justiça do Estado de Minas Gerais: pesquisa com os magistrados mineiros”.
A pesquisa foi feita com 746 dos 989 magistrados mineiros, sendo que 681 eram juízes e 65, desembargadores. O estudo foi feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por encomenda da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), do TJMG, no final do ano passado. O superintendente da escola, desembargador Reynaldo Ximenes, observa que, conforme o estudo, os magistrados querem as contas do tribunal na Internet e que os candidatos à direção do TJ disputem em igualdade, independentemente da idade. Também criticam o sistema de recrutamento de ministros no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a ampliação de poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre outros aspectos. O relatório será enviado para a comissão que elabora o novo Estatuto da Magistratura.
Para Reynaldo Ximenes, o maior controle orçamentário por parte de todos seria uma forma de se evitar mau emprego de verbas e problemas como a polêmica construção da nova sede do TJMG, no valor de R$ 600 milhões, que foi suspensa.
O presidente do TJMG, desembargador Sérgio Resende, disse que é contra a eleição direta para presidente do órgão porque os desembargadores têm maior conhecimento e vivência e podem escolher melhor os candidatos. Segundo ele, não é possível incluir juízes na administração.
“Juiz de onde? Ele vai deixar o que estiver fazendo na comarca para vir para cá ou vamos privilegiar os de Belo Horizonte?”, questiona.
O presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), juiz Nelson Missias de Morais, defende maior participação dos juízes porque eles “vivenciam os problemas cotidianos em suas comarcas”.
Fonte: Hoje em Dia (Incluída em 07/07/2009 às 07:11)
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