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Professores iniciam greve em Aquidauana

PARALIZAÇÃO

O ano letivo da Rede Municipal de Ensino de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, teve começou ontem com greve dos professores. O movimento atinge as 13 escolas distribuídas na cidade, distritos e aldeias indígenas. A categoria exige melhoria salarial. De acordo com o Simprecam (Sindicato Municipal dos Funcionários da Prefeitura e Câmara), 70% da categoria aderiram ao movimento.

De acordo com o sindicato, a paralisação vai continuar. Há o risco de greve geral no município em função do descontentamento de outras categorias que também enfrentam as mesmas perdas salariais.

Os educadores e administrativos reclamam que há mais de oito anos não recebem nenhum tipo de reajuste. "A nossa proposta é de 50% na regência e 15% no difícil acesso. São muitos anos de perdas salariais", informou o presidente do sindicato, Claudiomiro Elói, pouco depois da assembléia realizada ontem na sede da entidade.

Elói disse que a classe aceita que a regência seja paga de forma escalonada. "Pode ser 5% em março e o restante até o fim do ano. Mas a nossa sugestão não foi aceita pelo Executivo", acrescentou ao afirmar que a contraproposta da prefeitura é de 10% na regência e 15% no difícil acesso.

Segundo o sindicato, o salário inicial do magistério é de R$ 300,91. A situação mais grave seria do administrativo em início de carreira que recebe apenas R$ 170,70. Neste caso, o município tem de fazer a complementação para atingir o salário mínimo.

Ao contrário da informação dada pelo sindicato, o chefe de Gabinete da prefeitura de Aquidauana, Mário Nelson Argerim, disse que a manifestação é fraca e que as escolas funcionaram normalmente no primeiro dia de aula. Ele discordou que o movimento tenha conseguido os 70% de adesão. Conforme Argerim, o prefeito Felipe Orro (PDT) não estava na cidade ontem, mas já havia sentado várias vezes com a categoria para a negociação.

Fonte: Jornal do Servidor.
(Incluída em 03/03/2006 às 10:25)

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