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Após barrar votação do projeto de lei na Assembléia Legislativa, servidores do TJBA suspendem greve

Bahia

Na sexta-feira, 18, a greve dos servidores do TJ da Bahia foi suspensa em assembléia geral e a categoria decidiu voltar ao trabalho. Porém em estado permanente de alerta .A mobilização dos servidores do Poder Judiciário da Bahia tornou-se campana dentro da Assembleia Legislativa. As diretorias dos sindicatos, SINPOJUD, sua presidente Zezé Silva (foto), e a presidente do SINTAJ Bete Rangel, junto com a categoria fizeram campana na Assembléia Legislativa, sentados no chão, comendo quentinhas, acompanhando boa parte do desenrolar dos trabalhos dos deputados desde a quarta-feira e atentos para o encerramento da pauta de votação do ano de 2009.

Na quinta-feira, 17, um documento dos sindicatos foi protocolado solicitando aos deputados baianos a não-apreciação do projeto de Lei nº 18.460/09, que, em cumprimento à Resolução 088 do CNJ, propõe a majoração da carga horária de 6 para 8 horas diárias, mas sem compensação financeira e enviado às escuras pela desembargadora Sílvia Zarif, presidenta do TJ-BA, para votação na Assembleia Legislativa.

Os líderes Roberto Carlos (PDT), 1º. Secretário, Javier Alfaya (PCdoB), vice-líder do Governo e Valdenor Pereira, do PT, após o encerramento dos trabalhos de votação, na quinta-feira, às 15h, se dirigiram aos servidores e aos sindicalistas, para dar as garantias solicitadas pelas diretorias dos sindicatos SINPOJUD e do SINTAJ de que o projeto será barrado e que somente será votado com reformulações, fruto de acordo com negociações a serem feitas com a categoria. A promessa foi feita pelos líderes da casa e na próxima terça-feira (22/12), os deputados convocarão a categoria para discutir a questão.

O vice-líder do governo, deputado Javier Alfaya (PCdoB) parabenizou a presidente do SINPOJUD, Maria José da Silva, Zezé, pela sua capacidade de mobilização junto à categoria. “Não concordo com o projeto, porque tenho respeito e ética pelos movimentos sociais”, declarou o parlamentar comunista. A Assembleia Legislativa percebeu que os servidores do Poder Judiciário estavam ali acampados, desde a quarta-feira, porque é de suma importância que a categoria e os deputados entendam como forma de crescimento do estado da Bahia e do país o diálogo, a negociação, as partes interagindo sempre para o bem estar sócio-econômico tão-somente da população.

Diante do compromisso dos deputados de que nenhum projeto alterando a jornada de trabalho dos servidores do Tribunal de Justiça da Bahia será votado com prejuízo aos trabalhadores e, se a matéria tiver de voltar à pauta de votações da Assembléia Legislativa daquele estado, somente será aprovada se houver acordo com os trabalhadores, a greve dos servidores bahianos em defesa da jornada de seis horas e contra o aumento da jornada de trabalho sem aumento dos salários foi suspensa, até segunda ordem.


Fonte: Site do Sindjus/Ma
(Incluída em 21/12/2009 às 13:33)

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