conteúdo [1] | acessibilidade [2]

 
 

Retorna ao índice de Giro Sindical

Servidores da UnB decidem manter greve até julgamento do STF

Funcionalismo


Debate sobre fim da paralisação esquentou. Funcionários vão manter o movi-mento até que o judiciário volte de férias

Em uma das assembleias mais tensas das últimas semanas, os servidores decidiram na manhã desta terça-feira manter a paralisação que já dura 137 dias. Apesar de 14 dos 22 integrantes do Comando de Greve terem defendido o fim da paralisação em reunião na última semana, a maioria dos que se inscreveram para discursar para a categoria foi pela continuidade do movimento. E os servidores aprovaram por unanimidade.

O clima foi tenso. Houve bate-boca entre os representantes do Comando de Greve, vaias aos que defenderam a suspensão da paralisação e protestos dos servidores que assistiram à assembleia. Aos gritos, eles exigiram que a votação fosse feita nesta terça-feira. O Comando de Greve havia programado a discussão dos rumos da paralisação para esta terça e a votação apenas na quinta-feira.

O principal argumento dos contrários ao fim da greve é o de que a paralisação deve continuar até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre a URP. A ministra Carmen Lúcia, do STF, é relatora de um pedido de liminar de manutenção dos 26,05% nos salários da categoria feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub). “O recesso do Judiciário termina na segunda-feira. Por que vamos acabar, uma semana antes, com a greve que não é ilegal nem abusiva?”, defendeu Maurício Sabino, integrante do Comando de Greve, que trocou acusações com Cosmo Balbino, do Sintfub.

Os favoráveis ao fim da greve defenderam que as negociações com o Executivo estão encerradas e o STF não vai decidir enquanto a categoria estiver parada. “O STF não age sob pressão. O momento é de responsabilidade”, afirmou Cosmo Balbino, coordenador-geral do Sintfub e integrante do Comando de Greve. Ele defendeu a suspensão da greve até o julgamento do STF e a retomada do movimento em caso de decisão desfavorável da ministra. “Perdemos o jogo no primeiro tempo, mas podemos ainda ganhar no segundo. Mas precisamos fazer a coisa certa, repensar as estratégias”, disse.

Nova assembléia acontece na próxima terça-feira, dia 3, às 9h30, na Praça Chico Mendes.

Fonte: Correio Braziliense


(Incluída em 28/07/2010 às 16:38)

Retorna ao índice de Giro Sindical

Rua Guajajaras, 1984 - Barro Preto - 30180-101 - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31)3025-3500 - Fax: (31)3025-3524