Retorna ao índice de Giro Sindical Há mais de 100 dias em greve, professores clamam por seus direitos, valorização e respeito!
EDUCAÇÃO
”CEM DIAS”. Ontem, quinta, 15/9/2011, a greve dos profissionais da Educação de Minas Gerais completou CEM DIAS, sob o descaso do Governo Anastasia. Um DIREITO humano. Esta é a definição dada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a “EDUCAÇÃO”. Direito este que se faz essencial ao crescimento de um país, de sua população, além de influenciar diretamente a qualidade de vida da sociedade. Direito que parece ser desconhecido pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Não só parece, como ESTÁ SENDO desrespeitado, devido ao descumprimento da Lei Federal 11.738/2008 que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional (R$ 1.197/nível médio e R$ 1.591/nível superior).Num total descaso com os profissionais e alunos da Rede Estadual de Minas. O (DES)Governo Anastasia prefere contratar substitutos despreparados a lhes pagar este DIREITO LEGALMENTE garantido.
Em Minas Gerais, o profissional da Educação recebe as míseras quantias deR$ 369 (Nível Médio) e R$ 550 (Nível Superior) para ingresso na Carreira. Enquanto isso, em outros Estados Brasileiros - como o “longínquo” Acre, por exemplo – os EDUCADORES recebem salário de até R$ 1.675,79 para um trabalho de 30 horas semanais. O (DES)Governo Mineiro, em contrapartida, ousa oferecer piso de R$ 712, independentemente do tempo de Carreira (e ignorando a LEI). Diante disso, é inevitável questionar: em meio a tantos gastos (investimentos em hotéis e estádios, para a realização de uma Copa que NÃO é responsabilidade de Governos Locais, e sim de uma entidade privada chamada FIFA), por que os professores - responsáveis pela Educação das nossas crianças - não podem receber o salário digno - que lhes é de direito? O SERJUSMIG aplaude a garra, força e a determinação dos profissionais e de seu Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), neste legítimo e LEGAL ato grevista.
O (DES)Governo, liderado pelo peessedebista Antônio Anastasia, precisa rever suas prioridades (e com urgência). Afinal, outras pastas têm sido priorizadas na destinação de verbas do Orçamento Mineiro, enquanto setores primordiais - como Saúde e Educação – recebem tratamentos assim: DESUMANOS. È preciso melhorar não apenas as condições dos VALOROSOS trabalhadores da Educação como, também, de outros profissionais (da Saúde, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais [Ipsemg]; da Justiça; e tantas outras categorias tratadas com perverso descaso). Os Educadores Mineiros mantêm erguida a bandeira da greve pelos SEUS DIREITOS, mas também pela qualidade do Ensino Público e pela valorização de TODO trabalhador. E tal postura e coragem merecem aplausos. Na próxima terça-feira, 20/9/2011, às 14h, será realizada uma nova assembleia da categoria, no Pátio da ALMG. Na mesma data, há previsão de que seja incluído na Pauta do Plenário da Casa Legislativa (ALMG) o projeto do Governo para a Educação (do “tal piso de R$ 712”). Se você quer JUSTIÇA para os trabalhadores, mostre a garra dos Educadores de Minas Gerais. Apóie esta árdua luta (afinal, é Davi X Golias), e repasse essa idéia, ajudando a mostrar a realidade do movimento grevista, e a provar que a NOSSA força (trabalhadores) pode, sim, tornar pública uma verdade que é, deliberadamente, distorcida.
(Incluída em 22/09/2011 às 18:21)
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