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Baixos salários mobilizam professores no país

MOBILIZAÇÃO

A baixa remuneração tem mobilizado os profissionais da educação em várias partes do país e a greve tem sido o instrumento usado para pressionar os governos pelos reajustes. A crise na educação não é um assunto novo, assim como a discussão em torno dos salários. Mas o fato é que as categorias só encontram na greve a pressão para que consigam parte de suas reivindicações.

A segunda feita começa com greves em 11 estados. No Rio Grande do Sul, seis a sete mil professores e funcinários de escola estarão reunidos no Gigantinho para decidirem se permanecem ou não em greve depois de mais de um mês de atividades paradas. Nesse período, esperam por uma proposta do Governo Estadual que seja satisfatória a categoria.

Em Minas Gerais, os professores paralisam por 24 horas. Eles estão reivindicando a regulamentação de artigos da tabela salarial do plano de carreira, pagamento imediato do reajuste de 5%, correção dos pisos salariais com reposicionamento e pagamento por habilitação, definição de uma política salarial com previsão de reajustes anuais, homologação do concurso de auxiliares de serviços gerais com a nomeação dos aprovados, realização de concursos para as áreas em que não haja concursados, política de saúde e restruturação do IPSEMG com atendimento digno e em todas as áreas, na capital e no interior.

Na Paraíba, os professores da rede estadual de ensino decidiram decretar greve por tempo indeterminado. Os representantes da categoria tiveram audiência com o então secretário de Educação, Neroaldo Pontes, quando apresentaram proposta de reajuste salarial em torno de 20%, rejeitada pelo governador Cássio Cunha Lima. Os professores, também, rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo do Estado, de reajuste linear nos salários base dos trabalhadores de 5%.

A crise também persiste na edução na capital do Rio Grande do Norte. A greve dos professores da rede municipal reinicia porque a categoria não aceitou a proposta do Ministério Público, que estava como intermediário entre o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte) e a prefeitura. A proposta consistia em R$ 90 de reajuste divididos em duas partes - R$ 70 em abril e R$ 20 em outubro. Os valores foram considerados desrespeitosos.

Os professores da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), estão parados há quatro dias. Os professores reivindicam melhorias salariais e a autonomia da Udesc, informou a presidente da Associação dos Professores da Udesc (Aprudesc), Gláucia Assis.

Em São Paulo, greve dos professores e funcionários de ensino público da capital paulista atinge 55% das escolas da rede, segundo o presidente do Simpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino Municipal de São Paulo), Cláudio Fonseca. Os grevistas reivindicam aumento do piso para R$ 960 para os profissionais e melhores condições de trabalho. Segundo o sindicato, o salário inicial de professores é de R$ 509 para 20 horas semanais. Para funcionários, o valor é R$ 457, para 40 horas por semana.

No Rio de Janeiro, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio (Sepe) informa que tenta negociar um piso emergencial de 34%, mas as perdas são de 64%. O sindicato afirma que 80% dos professores estavam em greve na semana passada, quando foi feita a última estimativa. Para o governo do Estado, o número é de 1%.

A crise na educação também mobiliza professores em Macapá (AP), Fortaleza (CE), Rio Branco (AC), Vilha Velha e Vitória (ES) e em Pernambuco.

Fonte: Jornal do Servidor.
(Incluída em 03/04/2006 às 11:50)

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