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Dirigente do SindJustiça RJ é agredido dentro do Fórum durante manifestação da categoria

SINDJUSTIÇA-RJ

O QUE PRETENDE A ADMINISTRAÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA?

A administração do TJRJ age de forma arrogante e busca confundir a opinião pública – e os servidores da Corte Judicial ao tentar negar, através de sua Assessoria de Imprensa, a covarde agressão sofrida pelo dirigente do Sind-Justiça, Wilson Duflles, na tarde do dia 26, quarta-feira, no interior do Fórum Central.

Acompanhado de outros integrantes da direção da entidade, Wilson participava da manifestação durante a paralisação por 24 horas, visando abrir negociações sobre a pauta salarial com o presidente do Tribunal, desembargador Cavalieri. Este, a exemplo do que ocorreu em atos anteriores, nos dias 6, 10, 12, 18 deste mês, ao invés do diálogo fez uso da truculência com a utilização de tropas de choque da Polícia Militar e de seguranças contratados, além de militares à paisana a serviço da Diretoria Geral de Segurança Institucional do fórum (DGSEI).

Sem se identificarem os majores PM Renato e Roberto Gil, além do sargento Moraes, afirmando cumprir ordens da Presidência, o agrediram de forma covarde, com socos, tapas e ponta -pés e ainda aplicaram o golpe conhecido como “mata leão” que provocou asfixia do dirigente. Mesmo com ele desfalecido não prosseguiram com a agressão diante da reação de parte da diretoria e dos servidores. O diretor foi colocado na sala da OAB-RJ no fórum e só recebeu cuidados médicos da instituição, 20 minutos depois da agressão, após a chegada ao local do deputado estadual Paulo Ramos (PDT), e de três insistentes telefonemas da delegada da seccional da Ordem.


Foto: Marco Sobral

Após exame por um médico do Tribunal, e diante da região corporal atingida pela agressão, o dirigente foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar, a pedido do deputado. Levado pela ambulância prefixo ASE 113, Wilson realizou vários exames, que, infelizmente, não sabemos o resultado. Estranhamente, chegou ao local, às 17:30 h, um cidadão afirmando ser representante do desembargador Cavalieri, e identificando-se como Paulo Roberto de Carvalho, querendo informações sobre o estado do dirigente. E, mais estranho ainda , logo que este cidadão deixou o Hospital, sumiram o prontuário de entrada, e os resultados dos exames de tomografia e demais feitos pelo dirigente.

Este procedimento estranho será objeto de averiguação pela Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, que irá convocar a chefia de segurança do fórum para explicar, também, os motivos da torpe agressão ao dirigente classista.

Ainda no intuito de confundir, a administração, via Intranet, publicou em seu site que não houve a agressão – apesar de centenas de testemunhas. Outra faceta para confundir é misturar o percentual de reajuste pretendido – que é de 29,5%, com uma ação que perdura há mais de 17 anos naquela Casa, onde a categoria, já teve reconhecido o direito a um percentual de 24%, dos 70,5% pretendidos, embora a juíza da 3º Vara de Fazenda Pública não tenha determinado o prazo para a concessão. É a velha política de confundir para desagregar. E assim, não cumprir com a obrigação constitucional de conceder o reajuste anual dos servidores do Judiciário. Esta é a realidade nessa questão.

Por isso, a categoria voltará a paralisar as atividades forenses no dia 3 de maio, a partir das 14 horas, para forçar a administração negociar sem usar da força bruta.

Amarildo Silva – Presidente do Sind-Justiça
Assessoria de Imprensa e Divulgação
Jornalista Responsável – Antonio Dorea
Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Rio de Janeiro


(Incluída em 28/04/2006 às 13:41)

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