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População prejudicada

FUNCIONALISMO

Iniciada na segunda-feira em outras capitais, apenas ontem a greve nacional de 72 horas dos trabalhadores do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) se estabeleceu em Belo Horizonte. Mesmo assim não está paralisado o atendimento de perícias médicas, agendadas com antecedência, e continua aberta a rede de internet para se dar entrada a todo e qualquer novo benefício, dentre eles, o auxílio- doença que representa 70% do volume de demanda da rede. Nos dois primeiros dias da paralisação nacional, servidores de Belo Horizonte não aderiram ao movimento e todos os postos de atendimento funcionaram normalmente. Mas no interior do estado algumas agências fecharam as portas, como em Betim e Juiz de Fora.

Segundo a diretoria do Sindicato dos Servidores da Previdência (Sindisprev), a paralisação ontem chegou a atingir 25 municípios do interior de Minas e vários postos em Belo Horizonte. A agência Sul, localizada na Avenida Afonso Pena, e o Posto Venda Nova fecharam as portas. Mas está normal a perícia médica e as orientações ao segurado. Isso não pode parar , declarou o gerente executivo do INSS, Pitágoras Tadeu de Almeida.

O gerente não confirma os dados fornecidos pela direção do Sintsprev, que contabilizou 60% de adesão ao movimento. De acordo com a diretora da entidade, Maria Helena da Silva, a parte mais atingida foi a área da saúde, que são os postos de atendimento, a farmácia, o laboratório, e os hospitais Júlia Kubitscheck, Odete Valadares, Alberto Cavalcante e Galba Veloso, onde os servidores federais não foram trabalhar.

Os postos do INSS estão paralisados, em alguns casos parcialmente, mas há os que não aderiram ao movimento, como a agência localizada na Rua Espírito Santo, na esquina com Guaicurus. Por ser considerado o de maior movimento, e o que atende a parte mais carente da cidade, ele não paralisou , conta a dirigente sindical Maria Helena Silva.

Temos 14 postos em Belo Horizonte e a adesão está sendo devagar. Na terça-feira, contabilizamos 13 cidades do interior com adesão parcial ou total. Nossa pauta de reivindicação é o cumprimento do acordo de greve de 2005, que prevê o encaminhamento ao governo através de um dispositivo legal a ser votado até 30 de junho, pois este é o prazo máximo estabelecido por lei de implementação do plano de carreira. Somos 40 mil servidores em Minas Gerais e 1.300 em Belo Horizonte .

Além de reajuste salarial, os servidores querem a implementação das carreiras. O atendimento nas agências será normalizado amanhã, quando há nova rodada de negociações com o governo federal.

Auditores

Os auditores fiscais também aderiram à paralisação e na manhã de ontem realizaram manifestação de protesto, seguida de assembléia, para dar início ao movimento. O mesmo ocorreu com os servidores da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) que paralisaram as atividades e fizeram ato público de frente a entidade, na Rua Tamoios. No total são 14 entidades representativas do Servidores de Carreira do Estado que participam do Movimento Nacional em Defesa do Estado Brasileiro.

Os auditores fiscais têm reivindicações diferentes dos colegas, segundo o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Sindisp), Sérgio Aurélio Veloso Diniz, a situação mais grave que enfrentamos é a falta de identidade. Estamos perdidos, não sabemos a quem pertencemos, pois em 2004 foi criada a Secretaria da Receita Previdenciária, que não saiu do papel e não tem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), sem o qual a Secretaria não existe de fato.

Com isso não podemos ter dotação orçamentária e o resultado é um caos. Não podemos contratar servidor, não temos computadores, impressoras e equipamentos em geral.

Não temos dinheiro nem para comprar o café. Se queremos água temos que fazer uma vaquinha. Sem contar que trabalhamos em um prédio (Rua Bahia, 888) sem manutenção, conforme vistoria do Corpo de Bombeiros que detectou que não tem sequer projeto. Tem um aviso que se ligarmos o ar condicionado o prédio pode pegar fogo. Isso num país onde arrecadamos, anualmente, R$ 150 bilhões .

DRT-MG

De frente à sede da DRT, ontem, na Rua Tamoios, estavam os auditores fiscais do Trabalho que querem forçar o governo federal a abrir negociações com a categoria. Queremos discutir as reivindicações específicas que foi entregue ao Ministério do Trabalho em janeiro, e elas incluem melhoria das condições de trabalho e segurança, reposição das perdas salariais, orçamento suficiente para garantir as necessidades e demandas da Fiscalização do Trabalho, concurso público para preenchimento de vagas disponíveis, paridade de vencimentos entre os ativos e aposentados.

Fonte: Jornal Diário da Tarde.
(Incluída em 01/06/2006 às 09:15)

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