conteúdo [1] | acessibilidade [2]

 
 

Retorna ao índice de Giro Sindical

Paralisação de professores

CAMPANHA SALARIAL

Ingrid Furtado Trabalhadores da rede estadual de ensino fizeram ontem uma greve de 24 horas para reivindicar reajuste de salário e cobrar mudanças no setor da saúde que atende a categoria. Cerca de 200 trabalhadores, entre professores, pedagogos e auxiliares de serviços gerais, se reuniram, à tarde, no pátio da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e pediram mudanças no plano de carreira e tabelas salariais. Já é a sexta greve no primeiro semestre e os coordenadores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação ( Sind- UTE) não descartam a possibilidade de outras paralisações ao longo do ano.

Durante a assembléia, os trabalhadores avaliaram a campanha salarial educacional de 2006 e o processo de negociações com o governo. A presidente do sindicato, Maria Inêz Camargos, disse que a pauta principal foi o pedido de mudança na tabela salarial, definida pelo governo no ano passado. “Queremos uma tabela salarial que aumente o piso em R$ 400 e em cima desse valor, reivindicamos um reajuste de 40%. Há 11 anos não temos qualquer aumento, com essa sugestão, vamos recuperar as perdas salariais que tivemos ao longo do tempo. O menor piso salarial que temos atualmente eqüivale a R$ 305”, disse.

A categoria exige também a melhoria no sistema de saúde e o reconhecimento do risco de doenças profissionais. “Não temos programas de prevenção contra problemas comuns aos professores, como alergia a giz e doenças nas cordas vocais. Somos responsáveis pela educação das crianças mineiras e precisamos de mais atenção do poder público. Durante a reunião, distribuímos um boletim especial aos participantes que vão decidir a melhor opção para a classe”, afirma a professora de matemática.

Mas a fraca mobilização dos trabalhadores em educação revoltou os funcionários que estavam presentes. “A cada assembléia, o quorum diminui. Isso é extremamente triste, pois mostra falta de interesse da categoria”, disse o professor Sidnei Luís da Silva, de 28 anos. Outra que desaprovou a falta de iniciativa dos colegas foi a auxiliar de serviços gerais, Marcília Teixeira Saraiva. “A greve é uma necessidade, mas com a proximidade eleitoral, nossas reivindicações podem ser adiadas. Precisamos mudar a situação da rede de ensino estadual ainda esse ano e para isso, precisamos de união”, afirma.

A Secretaria de Estado de Educação informou que, em outubro de 2005, foi publicada tabela salarial de todas as carreiras da educação, com o reajuste de 5% e o aumento já vigora desde 30 de junho.

Fonte: Jornal Estado de Minas.
(Incluída em 07/07/2006 às 08:45)

Retorna ao índice de Giro Sindical

Rua Guajajaras, 1984 - Barro Preto - 30180-101 - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31)3025-3500 - Fax: (31)3025-3524