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Funcionalismo público de Alagoas decreta greve geral

GREVE

O funcionalismo de Alagoas decretou greve geral em assembléia que reuniu ontem, em Maceió, cerca de 4.000 servidores. O prédio da Secretaria da Fazenda foi invadido e o sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas, desligado. Servidores dizem que só acabarão a greve se o governador, Teotônio Vilela Filho (PSDB), derrubar o decreto que cassou o reajuste salarial dado em 2006.

O governo disse que a medida é necessária para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Até o início da noite, cerca de 300 servidores continuavam no prédio. O governador se reuniu com uma comissão de grevistas e, até as 22h30 de ontem, a reunião não havia acabado. Num intervalo, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Alagoas, Isaac Jackson, disse que, até aquele momento, havia uma disposição do governo em "flexibilizar" os cortes.

Segundo a CUT, a greve atinge 70% dos servidores. O governo ainda não tem estimativas.

Alagoas tem 51 mil servidores na ativa e 17 mil aposentados e pensionistas. O corte dos reajustes atingiu cerca de 80% do funcionalismo, segundo a Secretaria de Administração.

Os salários de dezembro, que começaram a ser pagos nesta semana, já sofreram cortes.

A Polícia Militar decidiu, em assembléia ontem, adiar para a próxima segunda-feira a decisão sobre o início da greve. Segundo Eduardo Lucena, presidente da Associação de Oficiais da PM, apesar de não abrir mão do salário integral, a categoria aceita adiar alguns benefícios. O governo estuda a proposta.

Anteontem, com a possibilidade da paralisação da PM, soldados do Exército ficaram de prontidão nos quartéis em Maceió. Com o recuo da PM, as tropas foram desmobilizadas.

Os dois principais hospitais públicos de Alagoas estão atendendo só casos de urgência e trabalham com 30% dos servidores, segundo a Secretaria de Saúde. Das 11 ambulâncias usadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), só quatro estavam atendendo aos chamados ontem.

Cerca de 150 escolas estaduais que não encerraram o ano letivo de 2006 estão sem aulas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

Os ex-governadores Ronaldo Lessa (1999 a 2006) e Luís Abílio (2006) negaram que os reajustes aos servidores tenham ultrapassado os limites da LRF.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo.
(Incluída em 19/01/2007 às 09:30)

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