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Paralisação parcial da polícia

SALÁRIO

Policiais civis e militares, em campanha salarial, iniciaram ontem paralisação parcial dos serviços e o atendimento à população ficou prejudicado em algumas unidades. A categoria não aceita os 33% oferecidos pelo governo do estado, em três parcelas anuais a partir de setembro, e pede 19,6% imediatos, além de subsídio. Um dos setores mais atingidos foi o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. Manifestantes fizeram piquetes e limitaram a entrada de veículos no pátio de vistorias.

Os piqueteiros liberavam a entrada de sete veículos por vez, em um grande intervalo de tempo. Na porta do Detran, muita indignação e reclamações. No fim da manhã, a fila dava volta no quarteirão e os carros formavam fila dupla. O aposentado Benevides José, de 80 anos, esperou mais de duas horas com a mulher, Maria da Conceição Ferreira, de 72, e o motorista, para fazer a vistoria de um táxi. “Chegamos aqui às 7h30 e até agora nada. Eles deviam dar preferência aos idosos, pois meu marido não pode andar e é muito difícil ficar aqui”, disse Conceição.

O pátio ficou praticamente vazio, mas funcionários terceirizados ocuparam seus postos normalmente. O chefe da Divisão de Registros de Veículos do Detran, delegado Luiz Cláudio Figueiredo, informou que os casos cujos prazos venceram ontem e que ficaram sem atendimento serão analisados quando a situação se normalizar, bem como a isenção de multas. “Aconselho a quem não tiver documentos vencendo que nos procure outro dia e pague os boletos na rede bancária externa”, disse.

Em outras delegacias a situação não foi diferente. Os policias civis cumpriram a escala mínima de 30%, na operação que denominam de “Cana Zero”. Os distritos receberam apenas os flagrantes e as perícias. Na 13ª Seccional, no Bairro Barroca, na Região Oeste, não foram registradas ocorrências até o fim da manhã. A Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, no Barro Preto, na Região Centro-Sul, tinha apenas metade da porta aberta. As pessoas foram orientadas a voltar outro dia. Na Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Informático e às Fraudes Eletrônicas (Dercife) um cartaz informava a paralisação.

Segundo o Gabinete Integrado das Entidades de Classe das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforseg-MG), houve adesões também em Ipatinga, Juiz de Fora, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Montes Claros, Muriaé, Uberlândia, Uberaba e Januária. A entidade reivindica, além do reajuste imediato de 19,6%, a adoção do subsídio como padrão de salário. O piso da classe no estado é de R$ 1.333,90. Hoje, haverá audiência na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para novas negociações.

Fonte: Jornal Estado de Minas.
(Incluída em 03/05/2007 às 10:00)

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