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Paralisação na Petrobras

PARALIZAÇÃO

Funcionários da Petrobras paralisaram nesta quinta-feira (3) atividades administrativas em duas refinarias de petróleo do país e em 36 plataformas de exploração localizadas na Bacia de Campos, no norte fluminense.

De acordo com o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Hélio Seidel, o movimento, que reivindica alterações na proposta do plano de cargos apresentado pela empresa, não atinge diretamente a produção e sim serviços administrativos, principalmente a emissão de permissões para a troca de turnos entre funcionários.

“Objetivo não é parar a produção de petróleo. Existe uma série de serviços administrativos que não são feitos, uma vez que não são emitidas as permissões de trabalho, o que acaba afetando as áreas de manutenção e também a área de produção. Cria-se uma dificuldade operacional porque os trabalhadores não são substituídos e por já terem ultrapassado sua jornada de trabalho, por seu esgotamento físico, não podem responder com segurança por suas atividades” explicou Seidel.

Nas refinarias de Duque de Caxias (RJ) e de Betim (MG) a paralisação começou ainda de madrugada, quando os funcionários que seriam rendidos às 23h30 de ontem permaneceram em suas funções. Na Bacia de Campos, responsável por 85% da produção de petróleo do país, a adesão ao movimento ocorreu na manhã de hoje em 36 das 40 plataformas, onde foram mantidas as condições mínimas para a continuidade das operações, informou o sindicalista.

Segundo Seidel, novas paralisações serão deflagradas em outros dois blocos de unidades na próxima semana, nos dias 8 e 10 de maio. Na terça-feira, estão previstas paralisações nas refinarias de Campinas (SP), Manaus (AM), Araucária (PR) e Canoas (RS) e nos terminais de distribuição de Paranaguá (PR) e São Caetano do Sul (SC) e na unidade de exploração de petróleo no Rio Grande do Norte.

No dia 10, a paralisação deve atingir refinaria de São Francisco do Conde (BA) e de Fortaleza (CE).

O representante dos petroleiros considera que os três dias de paralisação serão suficientes para sensibilizar a empresa, mas não descarta a possibilidade de uma greve que suspenda a produção. “A gente entende que esse é um movimento de alerta, que demonstre a empresa nossa capacidade de mobilização para que o processo de negociações avance e a gente não precise dar o passo seguinte de greve, afetando a produção.”

Segundo Seidel, a Petrobras tem hoje 47 mil empregados em refinarias, plataformas de exploração e terminais de distribuição.

Fonte: Novo Jornal.
(Incluída em 04/05/2007 às 09:10)

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