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Paralisação de médicos afeta atendimento no HPS

FHEMIG

Médicos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) paralisaram as atividades ontem o que afetou afetou o atendimento aos pacientes, até por volta das 16h, no Pronto-Socorro do Hospital João XXIII e no Hospital Infantil João Paulo II (antigo CGP), duas das principais unidades da instituição localizadas na área hospitalar da capital. No início da tarde, os profissionais fizeram manifestação em frente ao Pronto- Socorro, na Avenida Alfredo Balena, para denunciar irregularidades no vínculo de trabalho que deveriam ser corrigidas com a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), aprovado em 2005. A instituição tem, atualmente, 1.130 médicos efetivos e 1.347 profissionais contratados.

A paciente Mirian Nogueira, moradora de Contagem, na região metropolitana, chegou ao HPS às 9h15, levada pelo Corpo de Bombeiros, depois de sofrer acidente de moto no caminho para o trabalho, na Avenida Tereza Cristina, em Belo Horizonte. O exame de raio X foi feito somente às 11h. Somente agora, mais de seis horas depois, estou sendo liberada com ataduras nas escoriações do braço. Creio que a paralisação dos médicos deve ter contribuído para a demora , reclamou ela.

O atendimento foi mais lento nos casos de menor complexidade, como torções e escoriações, por exemplo, enquanto o setor de emergência para politraumatizados e acidentes graves manteve o mesmo padrão de agilidade , disse o diretor-geral do Pronto-Socorro, Antônio Carlos de Barros Martins. O mesmo ritmo foi verificado no CGP, com retenção na triagem de pacientes. De acordo com a Fhemig, em outras unidades, incluindo o Hospital Galba Veloso, a Maternidade Odete Valadares e o Hospital Alberto Cavalcanti, além do interior do estado, não foram registradas alterações por causa da paralisação.

O Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) informou que há mais de uma década profissionais da fundação cumprem jornada semanal de 24 horas, mas recebem salário referente a 12 horas por semana, sendo o restante pago sob a forma de horas extras. Desde que o PCCS foi aprovado pela Assembléia Legislativa, eles conquistaram o direito de regularizar a situação, por meio da opção pelo enquadramento na jornada de 24 horas, e passar a receber o salário e todos os benefícios correspondentes à carga horária (férias, aposentadoria, licenças médica e maternidade etc).

Proposta

Os médicos decidiram manter-se mobilizados até outra reunião, no dia 15. Uma comissão será formada para que a proposta formulada pelo governo do estado seja melhor explicada pelo próprio presidente da Fhemig, Luís Márcio Araújo Ramos. Queremos saber a origem dos números hoje (ontem) apresentados, para enquadramento de 286 médicos nas 24 horas semanais, dentro do universo de 752 efetivos optantes por este regime de trabalho. Mais a concessão de horas extras, sem reconhecimento total dos benefícios, para 166 profissionais dos que cumprem 12 horas por semana e pediram também as 24 horas , declarou o presidente do Sinmed, Cristiano Gonzaga da Matta Machado.

Segundo ele, houve avanços que podem evoluir: A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) passou a admitir a eliminação de 117 contratos administrativos. Queremos estabelecimento de cronograma para solução geral do problema, conforme exigência do Ministério Público .

A Fhemig, segundo sua assessoria, vai realizar concurso público no dia 20, para prover 947 vagas de médico.

Fonte: Jornal Diário da Tarde.
(Incluída em 09/05/2007 às 09:55)

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