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Reitoria da USP segue ocupada

USP

Alunos continuam rotina de ocupação No dia seguinte à entrega da ordem de reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), concedida pela Justiça em ação movida pela administração da instituição, os cerca de 300 alunos continuavam a rotina de ocupação que mantêm desde o dia 3, repetindo as 13 reivindicações que fazem para sair do local.

O movimento, composto em grande parte por estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), foi reforçado ontem pela greve votada entre alunos e também iniciada pelo sindicato dos funcionários (Sintusp). Por conta da paralisação, a prefeitura do campus, entre outros prédios, ficou fechada. O sindicato dos professores (Adusp) decidirá na semana que vem se adere ou não à greve.

O apoio à paralisação, no entanto, seguiu uma divisão comum na universidade. Enquanto na Faculdade de Administração e Economia (FEA) e na Escola Politécnica (Poli) as atividades prosseguiam normalmente, no prédio da História e Geografia um grupo realizava um debate e carteiras foram colocadas em frente às salas para evitar que aulas fossem dadas. Na Filosofia e Ciências Sociais, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e na de Comunicações e Artes (ECA), houve uma divisão tanto dos professores quanto de funcionários e alunos. Alguns setores pararam, outros seguiam funcionando, e apenas parte dos alunos apareceu para as aulas.

A movimentação da USP mistura várias reivindicações: a principal é um repúdio a ações do governador José Serra, que vinculou as universidades estaduais a uma Secretaria de Ensino Superior, criada neste ano. Além disso, ele submeteu o orçamento delas ao sistema de contas do Estado, o Siafem, o que foi entendido por parte da comunidade acadêmica como interferência na autonomia universitária. Soma-se a essa babel de reivindicações a discussão salarial de professores e funcionários que ocorre nesta época do ano.

Nesse contexto, os estudantes seguem na reitoria, organizados em comissões de comunicação, de cultura, de ocupação e de alimentação. Em pronunciamento ontem, afirmaram que estão abertos a negociação, que acreditam numa saída pacífica, mas não sairão sem ser atendidos. Para entrar na reitoria, era preciso mostrar a carteirinha de aluno - imprensa era barrada. Em frente, no gramado, grupos conversavam ao som de um carro que tocava de Geraldo Vandré a Skank.

Fonte: Novo Jornal.
(Incluída em 21/05/2007 às 10:00)

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