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Greve atrasa vôos em todo o Brasil

PROTESTO

A paralisação de 72 horas iniciada ontem cedo por policiais federais afetou a emissão de passaportes em todo o Brasil, além de provocar filas em alguns grandes aeroportos, devido à operação-padrão deflagrada pela categoria. Segundo a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), 70% dos agentes aderiram à greve em serviço apenas os 30% exigidos por lei. De acordo com a entidade, a situação deverá ficar mais crítica em São Paulo.

Em Minas, a paralisação foi quase total. Fora o serviço de custódia de presos e segurança dos prédios da PF, nada mais funcionou, segundo balanço anunciado à tarde pelo comando de greve. Por volta das 7h, quem procurou a sede da superintendência em Belo Horizonte, no Bairro Gutierrez, perdeu tempo e voltou para casa sem passaporte. Enquanto isso, grupos de delegados, agentes e peritos batiam papo do lado de fora do prédio, protegidos do sol por um toldo.

NOVA REUNIÃO Segundo o delegado Afonso Libério, os líderes das entidades representativas das diversas categorias da PF voltam a se reunir amanhã com a assessoria técnica do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em mais uma rodada de negociações. Os policiais cobram o cumprimento de acordo feito com o governo federal em 2006, quando aceitaram abrir mão da reivindicação de reajuste salarial de 60%. Eles aceitaram 30%, mais a promessa de que teriam outros 30% este ano. A proposta do governo até agora é conceder esses 30% em três parcelas anuais, a partir do próximo ano, até 2010. Os federais não aceitam.

O movimento grevista não conta com a participação dos servidores administrativos. Eles fecharam um acordo com o governo, com a criação de um calendário para analisar o projeto de reestruturação da categoria. Reivindicam a equiparação de seus salários aos de outros servidores administrativos federais, elevando seus vencimentos de iniciais de R$ 1,9 mil para R$ 3 mil e o fim das terceirizações.

A operação padrão realizada no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, provocou fila no setor de embarque internacional. No fim da tarde, o movimento era grande no terminal 2. Funcionários, no entanto, não souberam informar qual era o tempo médio de espera. Aeronaves com partida para Lisboa e Santiago partiram com meia hora de atraso, por causa da demora no embarque de passageiros. Havia 62 partidas internacionais previstas até a meia-noite. O atraso ocorre porque todos os passageiros que entram na sala de embarque internacional têm de passar pela triagem dos policiais federais. A operação padrão torna a vistoria mais lenta.

Fonte: Jornal Estado de Minas.
(Incluída em 23/05/2007 às 08:35)

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