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Funcionários fazem greve

UFMG

Os funcionários técnicos-administrativos filiados ao Sindicato dos Servidores nas Instituições Federais de Ensino de Belo Horizonte (Sindifes BH), entidade que reúne cerca de 4,5 mil profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Vale do Mucuri e Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet MG), aderiram ontem, em assembléia, à greve orientada pela federação nacional da categoria. Em Minas, das 14 universidades mantidas pela União, sete concordaram com a paralisação por tempo indeterminado. No país, das 45 instituições, 21 votaram a favor do movimento e a expectativa da federação era de que, até o fim do dia, outras nove também apoiassem a decisão.

De acordo com o comando de greve do Sindifes BH, os funcionários que atuam em setores de emergência das instituições de ensino, como em algumas áreas dos hospitais universitários, ainda não definiram se vai haver escala mínima. Segundo o coordenador jurídico do Sindifes, Balbino Cosme, as principais reivindicações dos servidores são o fim das terceirizações, piso salarial de três salários mínimos, cumprimento do decreto que prevê verbas suplementares para saúde e resolução do Vencimento Básico Complementar (VBC), espécie de plano de carreira que prejudicou os funcionários com nível superior. “O piso hoje é uma vergonha, apenas R$ 701. Lutamos também contra a estatização dos hospitais universitários e em favor do direito de greve”, afirma.

Na pauta nacional, os servidores federais reivindicam também a incorporação das gratificações, recomposição salarial de 1995 a 2006, isonomia salarial, data-base em 1º de maio e abertura de concursos públicos.

O aumento de salário é o principal objetivo do movimento, na opinião do servidor da Divisão de Serviços Gerais da universidade, Gumercindo Silveira, de 45. “Não temos aumento há uma década. Em alguns anos, houve reposição de 1% ao ano. Isso demonstra como o poder público trata com descaso e desrespeito seus funcionários”, reclama. A UFMG preferiu não se manifestar sobre a greve.

O Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, afirma que o governo está disposto a negociar, mas o orçamento de 2007 já está bastante comprometido. Representantes da federação, do MPOG e do Ministério da Educação (MEC) vão se reunir em 6 de junho para debater os problemas. O Secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, entende que a greve é, em si, um instrumento democrático. “Mas é importante destacar que o movimento traz prejuízos para as demais categorias, como estudantes e professores”, diz. Em todo país, há154 mil servidores e 25 hospitais universitários que devem funcionar precariamente essa semana.

Fonte: Jornal Estado de Minas.
(Incluída em 29/05/2007 às 10:00)

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