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Servidores denunciam caos em hospital público

GOVERNADOR VALADARES

Servidores do Hospital Municipal (HM) de Governador Valadares, Leste do Estado, cruzaram os braços na manhã de ontem em protesto contra o reajuste salarial de 3,3% oferecido pela prefeitura _ a categoria pede 26% _ e por melhores condições de trabalho. O diretor do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsem), Roberto Marcos da Silva, técnico de enfermagem, denuncia que pacientes estão internados nos corredores e que faltam medicamentos. A superlotação, afirma Silva, pode ser responsável pelas dez mortes ocorridas entre as 16 horas de segunda-feira e a madrugada de ontem.

«A situação no HM é de caos. Pacientes ficam em macas enferrujadas nos corredores. Um deles chegou a ficar no chão da sala de enfermagem por carência de leitos». O técnico diz que faltam também medicamentos, seringas e agulhas. Roberto Silva vai além, e critica a falta de limpeza e recolhimento do lixo. Ele atribui as mortes à superlotação e falta de medicamentos, mas pede investigação. «É preciso que os órgãos competentes investiguem as causas, porque nós não temos acesso às informações». Os óbitos, segundo ele, ocorreram entre 16 horas de segunda-feira e a madrugada de ontem.

O presidente do Sinsem, Reinaldo Pinheiro, confirmou as denúncias. «Os médicos trabalham em péssimas condições. Como os demais funcionários, estão estressados e não agüentam mais. E pessoas estão morrendo. Estamos protestando em função da nossa categoria, mas principalmente em apoio à população». Segundo ele, a paralisação não afeta os setores de urgência e emergência do HM, único Pronto-Socorro público da cidade.

A prefeitura informou que as mortes ocorridas não têm ligação com a suposta falta de estrutura ou atendimento, mas com o fato de tratarem-se de doentes terminais. Segundo a prefeitura, não há falta de medicamentos ou seringas. Sobre a sujeira, alegou que há indícios de que tenha sido provocada por um funcionário da SMS, propositalmente. O secretário adjunto da Secretaria de Saúde, Espedito Aleixo, informou ainda que o procedimento padrão do HM é executado à risca, e o índice de infecção hospitalar do HM está entre os menores de Minas Gerais.

Sobre a reivindicação salarial, Aleixo informou que projeto de lei com correção salarial no mesmo índice concedido pelo Governo Federal já foi encaminhado ao Legislativo Municipal. De acordo com a SMS, dentre os 60 auxiliares e técnicos de enfermagem que trabalham por dia no HM, apenas 25 estão em greve e, no setor administrativo, apenas um funcionário. Já médicos, enfermeiros e o restante do quadro de funcionários estariam trabalhando normalmente.

Fonte: Jornal Hoje em Dia.
(Incluída em 30/05/2007 às 09:05)

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