Retorna ao índice de Giro Sindical Metrô mantém paralisação
SALÁRIO
O segundo dia de greve dos metroviários foi marcado por reclamações dos passageiros pelos atrasos e a categoria informou que não há previsão para o fim da paralisação. Cerca de 90 mil pessoas deixaram de ser transportados ontem, em Belo Horizonte. O metrô está funcionando em escala mínima das 5h30 às 10h30 e, amanhã, somente até às 9h. Nos domingos e feriados não circulará. Até ontem, as negociações estavam paradas entre os grevistas e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O Sindicato dos Empregados em Empresas Metroviárias de Minas Gerais (Sindmetro) informou que a categoria reivindica aumento do piso salarial de R$ 575 para R$ 700. Já a CBTU propôs 5,4% de aumento mas a proposta foi rejeitada.
O diretor-executivo do Sindmetro, Raimundo Bartolomeu Gonçalves França, disse que a assembléia marcada para ontem foi adiadpara hoje , na Estação Central do metrô, às 13h, quando será feito um balanço da greve. “Reivindicamos o aumento de nosso piso salarial e também o pagamento integral do plano de saúde. Como as negociações estão suspensas, não há previsão para interrompermos a greve”, afirma.
A CBTU ajuizou ontem uma ação de dissídio coletivo, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), questionando a greve dos metroviários. A empresa informou que as negociações foram totalmente interrompidas até um parecer do TST, que pode ocorrer nas próximas semanas. A perda em arrecadação da CBTU chega a R$ 108 mil por dia.
Até às 10h30 de ontem, 54 mil pessoas conseguiram embarcar. Os que chegaram depois encontraram os portões fechados e, em algumas estações, havia militares da Companhia de Missões Especiais, para evitar tumulto. A faxineira Valéria Maia, de 43 anos, chegou exatamente às 10h30, quando os portões da Estação Eldorado, em Contagem, foram trancados. “Vou chegar muito atrasada no meu serviço, no Bairro São Marcos. Cheguei em cima da hora. Essa situação é um sufoco para os passageiros”, diz.
A auxiliar de promoção Naiara Melo, de 21 anos, mora em Betim, vai de ônibus até Contagem e, em seguida, pega o metrô até a Estação Gameleira, bairro em que trabalha. Na ida, ela fez o trajeto tranqüilamente, mas, para voltar, disse que teria que tomar outras providências. “Chego em casa por volta das 23h, mas, a partir de hoje (ontem), terei que pegar três coletivos e isso significa que vou chegar muito mais tarde em casa. A greve atrapalha tanto os passageiros quanto os comerciantes que trabalham nas estações e têm muito prejuízo”, afirma.
Fonte: Jornal Estado de Minas. (Incluída em 15/06/2007 às 09:30)
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