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Calouros barrados

GREVE

Mais de 2 mil calouros aprovados no último vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão impedidos de conquistar, efetivamente, a tão sonhada vaga em uma das mais cobiçadas escolas de terceiro grau do estado. A greve nacional dos funcionários técnicos e administrativos das instituições de ensino federais, iniciada no fim de maio, atinge agora o Departamento de Controle e Registro Acadêmico (DRCA). De hoje até sexta-feira, os estudantes iriam confirmar a matrícula feita automaticamente no começo do ano, mas o processo está suspenso por tempo indeterminado.

Segundo o reitor da universidade, professor Ronaldo Pena, não há previsão de substituição dos grevistas por funcionários terceirizados. Normalmente, respeitamos o direito de greve. Ainda mais no que diz respeito às matrículas, porque só os servidores do cargo estão autorizados a efetivá-las , justifica. E não só a vida acadêmica sofre com os transtornos causados pela mobilização. De acordo com o Hospital das Clínicas da UFMG, houve redução média de 30% no atendimento. Dos 470 leitos, 130 estão parados.

Conforme a Pró-reitoria de Recursos Humanos, cerca de 50% dos 4,6 mil servidores aderiram à paralisação. As atividades acadêmicas do curso de odontologia tiveram que ser adaptadas e as clínicas odontológicas que atendem a comunidade mantêm apenas tratamentos em fase final. Diversas bibliotecas estão paradas, outras só recebem devoluções. Se a situação perdurar, podemos ter problemas no início do segundo semestre , prevê a pró-reitora de Recursos Humanos, Elizabeth Spangler.

A diretora do DRCA, Ana Lúcia Diniz, esclarece que não adianta vir ao câmpus para tentar solucionar o problema. Avisamos a todos por telegrama quando a situação se normalizar , afirma. Para os veteranos, o prazo para matrícula, feita no site www.ufmg.br, de 1º a 13 de julho, não foi alterado. Estamos funcionando de forma precária. Os alunos devem tentar resolver suas necessidades nos colegiados das faculdades , orienta.

Hoje, haverá haver uma reunião técnica entre o comando de greve, representantes dos ministérios da Educação e de Planejamento Orçamento e Gestão e, quinta-feira, os grevistas participam de uma mesa de negociação com o governo federal. As principais reivindicações dos servidores são piso de três salários mínimos, diferentemente dos R$ 701 recebidos hoje, correção de 5% em vez de 3,6% a cada dois anos, e cumprimento do decreto que prevê recursos extras para plano de saúde.

Fonte: Jornal Diário da Tarde.
(Incluída em 19/06/2007 às 09:10)

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