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Proposta suspende paralisação

APAGÃO AÉREO

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) decidiu suspender, provisoriamente, o movimento de greve e a paralisação programada para amanhã nos aeroportos de Cumbica e Viracopos, em São Paulo, e Eduardo Gomes, em Manaus. A decisão foi anunciada pelos dirigentes do sindicato depois de reunião com a direção da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura-Portuária (Infraero), estatal que administra os aeroportos do país. A paralisação estava marcada para começar dois dias antes do início dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro.

A proposta de colocar fim à greve será debatida em assembléias marcadas para sexta-feira. A tendência, porém, é a de não dar continuidade às manifestações. “Decidimos aceitar a proposta da Infraero e isso suspenderá o movimento de greve. Vai acontecer uma assembléia na sexta-feira para votar a proposta”, afirmou o secretário-geral do Sina, Samuel José dos Santos. Caso não houvesse o acordo, a paralisação iria atingir serviços como segurança, limpeza, manutenção e fiscalização de pátios de aeronaves, além de serviços administrativos ligados à empresa, que são as funções ligadas aos aeroportuários.

Esse movimento não envolve os aeronautas (comandantes e comissários de vôo) e os aeroviários (funcionários e prestadores de serviços das empresas aéreas). A proposta da Infraero contempla principalmente quatro pontos: reajuste de 6% retroativo a maio, dois padrões de promoção para a categoria, e a decisão de não retirar os benefícios dos trabalhadores. Está prevista ainda a contratação de 1,8 mil trabalhadores para a substituição de terceirizados. A reivindicação inicial dos trabalhadores era de 33% de recomposição de perdas e a elevação do vale-refeição. A empresa acenava com um reajuste de 4%.

Preocupação Preocupado com a ameaça de greve, que poderia trazer sérios danos à imagem externa do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que prevaleça o bom senso na negociação entre o governo e os servidores da Infraero. A ponderação foi feita depois de o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apresentar números que mostrariam que os funcionários da estatal receberam aumentos reais acima da inflação nos últimos anos.

Segundo informações do acordo fechado com o sindicato dos aeroportuários, em 2003, os servidores tiveram reajuste de 9%; de 5,5%, em 2004; em 2005, de 12%; e em 2006, de 6%. O reajuste aos servidores foi discutido ontem em reunião de coordenação de governo. Além de Paulo Bernardo, participaram do encontro o vice-presidente da República, José Alencar, e os ministros da Justiça, Tarso Genro, da casa Civil, Dilma Rousseff, das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, da Secretaria Geral, Luiz Dulci, e da Comunicação Social, Franklin Martins.

Novas restrições em Congonhas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em conjunto com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Portuária (Infraero), redistribuiu os movimentos de pousos e decolagens nos horários de pico no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Foram reduzidos os movimentos da aviação geral para garantir 38 pousos e decolagens/hora para a aviação comercial ao longo das 17 horas de funcionamento do terminal. Essa medida, espera a Anac, aliada a outras em andamento, permitirá que os usuários embarquem e desembarquem mesmo nos horários de maior demanda dentro do previsto.

Durante a reforma da pista principal, a auxiliar operava com 33 movimento por hora. Agora, com a conclusão das obras, Congonhas deveria voltar a 48 movimentos/hora, mas para proporcionar melhor aproveitamento nos horários de pico, ficou definido que o aeroporto vai operar com 38 movimentos na aviação regular e a aviação geral será reduzida. Como resultado, 134 vôos sofreram alterações de horário sem a necessidade de se modificar a estrutura da malha aérea. A TAM teve 34 vôos com horário modificado; a Gol, 31; a BRA, 20; a Oceanair, 14; a VRG (antiga Varig), 28 e a Pantanal, 7. “As reformas das duas pistas de Congonhas e a estabilidade do Controle do Tráfego Aéreo viabilizaram a adoção dessas medidas”, disse Milton Zuanazzi, diretor-presidente da Anac.

Para que o fluxo de vôos seja mais otimizado, evitando atrasos na malha aérea, algumas ações deverão ser implantadas pela Infraero, tais como o aumento do número de aparelhos de raio X nos aeroportos; redistribuição de balcões de check-in; aumento no número de funcionários de apoio (principalmente os que operam ônibus e fingers); maior quantidade de ônibus para que a pista auxiliar possa ser melhor acessada e usada, quer pela aviação geral, quer pela regular, a depender da performance das aeronaves de grande porte; e a otimização do pátio de estacionamento das aeronaves.

Fonte: Jornal Estado de Minas
(Incluída em 10/07/2007 às 09:00)

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