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Servidores em greve vaiam Lula em Sergipe

SERGIPE

Governo do Estado limita entrada de convidados em evento, mas não inibe protestos contra o presidente que visita o Nordeste

ARACAJU - Apesar da blindagem preparada pelo Planalto e pelo governo petista de Sergipe, permitindo que apenas pessoas com convites em mãos, cuidadosamente distribuídos pelos organizadores da cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração Econômica, em Aracaju, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi duas vezes vaiado, ontem, por um pequeno grupo de funcionários do Incra, do Ministério da Cultura e estudantes da Universidade Federal de Sergipe, que estão em greve.

As vaias, no entanto, acabaram sendo abafadas pelos aplausos e gritos de "Olê, Olê, Olá, Lula, Lula", dados principalmente por militantes petistas e do MST, convidados para o evento, que defenderam o presidente e chegaram a se desentender com os grevistas. Na cerimônia, os seguranças do Planalto e do evento tomaram ainda a faixa vermelha dos manifestantes que dizia "Lula traidor". A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, coordenadora do PAC, também foi vaiada pelo menos duas vezes pelos poucos manifestantes contrários ao governo, presentes ao evento.

Do lado de fora, estudantes promoviam um apitaço, xingavam o presidente e chegaram a atear fogo num boneco de pano "com barba" e com faixa presidencial que batizaram de Lula. Acostumado a aplausos, Lula deu claras demonstrações de impaciência na cerimônia, olhando o relógio algumas vezes, e chegou a ficar com o olhar perdido enquanto ouvia os discursos que antecediam o seu. Ele já havia ficado muito aborrecido com as seis vaias tomadas no Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 13 de julho, na abertura dos Jogos Panamericanos.

Na semana passada, depois do acidente com o AirBus da TAM, Lula já havia cancelado as viagens que faria ao Sul, onde poderia sofrer outras manifestações, embora o Planalto negue que ele tenha adiado a ida lá por causa disso. O governador Marcelo Déda disse que o presidente "não ficou chateado" ou mesmo se sentiu irritado com as vaias. "Eles (os que vaiavam) eram muito poucos" tentou minimizar o governador. "Toda viagem do presidente tem de ter alguém fazendo barulho. Faz parte do jogo", declarou o governador, acrescentando que "isso não perturbou nem incomodou o ato". (Agência Estado)

Fonte: Jornal O Tempo

(Incluída em 27/07/2007 às 09:10)

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