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Retorna ao índice de Giro Sindical Grevistas querem 100% de aumento
Cesta básica com arroz e feijão tipo 1, café da manhã, almoço e lanche nos canteiros de obras, uniforme e reajuste de 100% no salário. Foram essas reivindicações que levaram cerca de 7 mil trabalhadores da construção civil a paralisar as atividades ontem, em Belo Horizonte. A greve reuniu empregados dos bairros Belvedere, Nova Lima, Buritis, Castelo, algumas regiões do Cruzeiro, Lourdes e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sticbh) estima que 15 mil pessoas também vão cruzar os braços hoje, principalmente na Região Central de BH. O sindicato das construtoras informou que o número de manifestantes foi menor do que o divulgado pelos grevistas. O aquecimento do mercado imobiliário fez aumentar a carga de trabalho nos canteiros de obras, mas não houve alta salarial, segundo os sindicalistas. “Estamos sofrendo pressão por entrega das construções. Mas a demora ocorre pela falta de mão-de-obra nos canteiros. Ninguém quer trabalhar mais no setor, em função dos baixos salários e condições de trabalho escassas. O operário da construção civil de Belo Horizonte é o único que ainda carrega marmita”, afirma Osmir Venuto da Silva, presidente do Sticbh. “Queremos produto de primeira qualidade na cesta básica, pois pagamos 10% do valor do custo. E os produtos usados são só de marcas desconhecidas”, comenta. |