Retorna ao índice de Giro Sindical Governo negocia sob ameaça de greve
SÃO PAULO
SÃO PAULO - A reunião de amanhã entre representantes do funcionalismo público com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva Ferreira, deve definir os rumos da batalha salarial dos servidores federais. Com as negociações paradas desde o fim da CPMF, os 770 mil servidores de 28 setores representados pela Confederação Nacional de Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) podem entrar em greve. Mas, segundo o diretor da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva, isso «só acontece se o Governo quiser».
Apesar de os servidores do Ministério da Cultura, do Hospital das Forças Armadas e do Banco Central já terem firmado acordos de reajuste salarial com o governo antes do fim do imposto do cheque, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que não haverá negociação salarial enquanto o Orçamento não for adaptado às perdas.
Outros três setores já haviam recebido uma proposta oficial do Governo e aguardavam sua ratificação. Todas as negociações falavam em aumentos que, no mínimo, repusessem o valor da inflação em 2008 e nos dois anos seguintes. O Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, que baliza os salários e benefícios na maioria dos setores do funcionalismo federal, estava também em negociação, mas, com o fim da CPMF, ficou em suspenso.
«Nossa pretensão é continuar dialogando, a greve seria nosso último recurso», afirma Silva. «Estava tudo em estágio bem avançado». Segundo ele, 2007 foi «o ano dos salários congelados». Para o dirigente, a perda de R$ 40 bilhões com o fim da CPMF deveria ser recuperada de outras maneiras, que não prejudicassem o funcionalismo público. A entidade apresentou propostas de diminuição do superávit primário e fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para compensar as perdas.
Fonte: Hoje em Dia (Incluída em 22/01/2008 às 08:30)
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