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Reajuste do funcionalismo federal perde R$ 5 bilhões

BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reafirmou, ontem, que não há como dar ao funcionalismo o reajuste integral previsto para este ano, que custaria cerca de R$ 5,9 bilhões no Orçamento deste ano. O Governo não pretende abrir mão de cortar cerca de R$ 5 bilhões desses recursos. Sem citar datas, Bernardo adiantou que o aumento deverá ser protelado ao máximo. Insatisfeitos com esta decisão, os representantes dos sindicalistas prometem aumentar a pressão sobre o Governo e convocar uma greve geral dos servidores públicos em março.
½Como vou fazer reajustes num momento em que está faltando dinheiro para fazer as despesas que já tínhamos? Vamos cumprir os acordos, mas vamos mudar os prazos”, disse o ministro. A proposta - ainda não oficial - é autorizar os ajustes salariais apenas depois de outubro, o que reduziria este impacto para cerca de R$ 1 bilhão. A conta integral desses aumentos seriam repassada, portanto, para 2009. Para o Governo não ser acusado de parcialidade, serão incluídos nessa estratégia todos os servidores, militares e civis, inclusive para aqueles que já tiveram seus acordos de reajuste fechado em 2007.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), já fecharam acordo com o Governo por um reajuste integral este ano os funcionários do Banco Central, do Ministério da Cultura, do Hospital das Forças Armadas, do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. Outras cinco categorias (Incra, Funai, Auditores Fiscais, Seguridade Social e Dnit) aceitaram as propostas do Governo, mas não chegaram a fechar os acordos. Sete categorias também estavam com negociações em curso, mas foram interrompidas com o fim da CPMF. Uma reunião agendada para quarta-feira passada entre os sindicalistas e o ministro Paulo Bernardo foi cancelada, o que aumentou a insatisfação entre os servidores.

Fonte: Hoje em Dia
(Incluída em 15/02/2008 às 09:25)

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