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Servidores do Paraná vão aumentar pressão pelos 11,98% da URV

Os servidores do judiciário decidiram no último dia 15, durante Assembleia Geral, que a proposta apresentada pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Vidal Coelho, em relação à definição da URV, ficou muito longe da realidade. As perdas salariais da categoria estão em torno de 70%, segundo dados do Dieese. A URV, que já foi paga aos magistrados, também foi reconhecida pelo chefe do poder, em despacho de 13 de dezembro último. Agora, no entanto, a administração do Tribunal insiste em não pagar o índice de 11,98 % da URV.
A categoria está revoltada e não quer esquecer a sua principal reivindicação no momento. Para tanto, os servidores aprovaram formas de mobilização que serão implementadas a partir de agora. Foi aprovado estado de greve; eleito um comando de mobilização e greve; aprovada a deflagração de uma campanha para denunciar o tratamento desigual no judiciário do Paraná. A justiça aplicada à magistratura no caso da URV não é a mesma dispensada aos servidores. A Assembleia Geral da categoria foi suspensa e transformada em permanente. Isto significa que os servidores poderão ser chamados a qualquer momento.
A decisão da categoria vai ser comunicada, por escrito, ao presidente do TJ no início da próxima semana. Vão assinar o ofício o Sindijus-PR, a Assejur e Assojepar. Alguns ítens da pauta de hoje, serão analisados na continuidade da assembleia. Dentre eles, a criação do Fundo de Greve.
A categoria definiu que, no comunicado à Presidência, deve constar que a decisão da assembleia foi pela retirada do parágrafo único do artigo 2º da súmula que acrescenta 2% aos salários. “O índice será compensado por qualquer valor concedido por decisão judicial ou administrativa, que corresponda à reposição de perdas salariais decorrentes de ato que tenha provocado prejuízo aos servidores, em ofensa ao artigo 37, inciso XV da Constituição Federal”, diz o parágrafo. A categoria avaliou que, com essa redação, o projeto poderá prejudicar os servidores em futuras negociações com o Tribunal.

ATO DE PROTESTO NO TRIBUNAL

Após a Assembleia, os servidores seguiram em passeata até o 11º andar do prédio anexo do TJ, onde fica a Presidência. O ato marcou o descontentamento dos servidores quanto ao não pagamento da URV. Os servidores pretendiam comunicar ao presidente o resultado da assembleia. Vidal Coelho, segundo sua assessoria, encontrava-se no interior do Estado. Representantes da categoria levaram à juíza auxiliar toda indignação e descontentamento dos servidores.

Fonte: Site do Sindijus-PR
(Incluída em 21/02/2008 às 14:06)

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