Retorna ao índice de Giro Sindical Auditores fiscais votam continuidade da greve nesta quarta (30)
Paralisação
A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que já dura 41 dias, vai continuar pelo menos até a próxima quarta-feira (30), quando a categoria realiza em todo o País assembléias deliberativas para avaliar os rumos do movimento.
As negociações entre os auditores e o Governo se alongaram durante o dia e chegou-se a um meio termo sobre o item mais polêmico da pauta, a implantação do Sistema de Desenvolvimento da Carreira (Sidec).
O Governo concordou em incluir, na avaliação para efeito de progressão na carreira, o fator antigüidade, considerado no plano atual e que ficou de fora na proposta inicial apresentada pelo Ministério do Planejamento sobre o Sidec.
No plano de carreira em vigor, além da antigüidade, o outro fator considerado é o mérito. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Unafisco), na proposta inicial do Governo, um auditor só chegaria ao último nível da carreira em 42 anos de trabalho.
Agora, com a contraproposta do Governo feita na última quinta-feira (24), mérito e antigüidade continuam no novo plano, o Sidec. Segundo o Unafisco, o peso que os dois fatores terão na avaliação dos servidores ainda será discutido entre Governo e auditores.
A categoria se reuniu, no último dia 25, para começar a discutir a contraproposta, apresentada pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva. Tanto a proposta de revisão do Sidec, quanto a do reajuste salarial, foram analisadas na última assembléia das categorias, sexta-feira passada, mas o Ministério do Planejamento avisou que só volta a negociar se os auditores suspenderem a greve.
De acordo com a assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Fenafisp), entidade que também participou das negociações de ontem, a proposta de reajuste salarial feita pelo Governo é de 40% e 43%, dependendo da faixa salarial. O teto, por exemplo, chegaria a R$ 19 mil.
Ainda segundo a Fenafisp, o cronograma de implementação do reajuste e a correção de diferenças salariais entre funcionários que exercem a mesma função ficaram sem solução porque o Governo alegou que não pode negociar esses pontos no momento.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge, a paciência da categoria já está no limite. Queremos voltar ao trabalho, mas estamos nos sentindo desprestigiados, nosso trabalho é muito importante. Queremos o reconhecimento devido, disse.
Fonte: Site Diap (Incluída em 28/04/2008 às 08:45)
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