Retorna ao índice de Giro Sindical Auditores da Receita Federal decidem manter paralisação
Greve
Ministro do Planejamento já sinalizou que reajuste proposto de 40% é o limite e mandou cortar o ponto dos grevistas. Categoria se reúne na próxima segunda-feira (5), para marcar novas rodadas de discussão nos estados
Assembléia dos auditores da receita federal em março: decisão de manter a greve, tomada na última quarta-feira (30), foi apertada
Em uma decisão apertada, e depois de concluídas todas as assembléias estaduais, os auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil – carreira que reúne os auditores fiscais da Receia Federal e os da Receita Previdenciária - decidiram pela manutenção da greve iniciada em 18 março.
O anúncio, feito oficialmente na última sexta-feira (2), renova as tensões entre a categoria e o Governo. Hoje (5), as entidades (Unafisco e Fenafisp) que representam os servidores irão se reunir para marcar novas rodadas de discussões nos estados.
Depois que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, determinou o corte de ponto dos grevistas, a expectativa era de que a greve perdesse força. Isso não ocorreu. Tampouco a disposição do Governo de parcelar os dias parados amenizou os ânimos. Entre os indicativos com maior número de votos durante as assembléias está justamente o que exige o pagamento integral dos salários de abril. Nos contracheques de cerca de 3,8 mil, no entanto, os descontos foram autorizados.
Em nota divulgada em seu site, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Unafisco) ressaltou a “unidade da categoria”. “Os auditores-fiscais em todo o País, nos mais diversos postos de trabalho, e suas entidades representativas nacionais, têm caminhado juntos, unidos e coesos em busca da conquista das reivindicações apresentadas ao governo, que, até o momento, insiste em não avançar em relação à proposta que apresentou”, destacou a nota.
No que depender do Governo, a proposta não será mais alterada. Isso quer dizer que o reajuste de cerca de 40% nos salários iniciais e finais, assim como a divisão até 2010, continuam valendo. Durante a semana, o ministro Paulo Bernardo criticou essa e outras paralisações no setor público e acusou algumas categorias de prejudicarem não o governo, mas a sociedade em geral com as paralisações, segundo ele, injustificáveis. Referindo-se especificamente aos auditores, Bernardo disse que a oferta financeira está no limite.
O ministro do Planejamento afirmou ainda que muito já foi feito para tentar colocar fim ao protesto dos auditores-fiscais, inclusive a retirada do termo de acordo das cláusulas que tratam da nova política de avaliação de desempenho para progressão e promoção na carreira. Diante de tantas negativas, completou Paulo Bernardo, não há muito o que ser feito pelos técnicos do ministério. “A greve acaba criando um instrumento anti-social. É uma faca no pescoço da sociedade”, criticou o ministro
Fonte: Site Diap (Incluída em 05/05/2008 às 08:37)
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