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Greve continua e ALERJ vota PL do Reajuste

Sind-Justiça- RJ

Os serventuários do TJRJ deram mais uma demonstração de força e, com muita disposição, iniciaram a sua greve de 48 horas em 16 de setembro. Nesta quarta-feira (17), além da continuidade da paralisação, a categoria tem outro compromisso: comparecer maciçamente à Alerj, a partir das 15 horas, e acompanhar a votação do PL 1.666/08, o mesmo que trata do seu reajuste salarial — 7,3% retroativos a maio (data-base).
A pressão sobre os parlamentares, por sinal, é fundamental, já que a base governista ameaça seriamente prejudicar os serventuários, através de emendas ao PL. Trata-se de uma guerra em defesa dos nossos direitos e, como sempre, nela há dois lados definidos. De um está a categoria, com a sua mobilização e, do outro, o governador Sérgio Cabral Filho, com o seu desrespeito aos servidores.
“A greve, em seu primeiro dia, foi satisfatória, já que estamos iniciando uma paralisação na capital e no interior. Mas ele precisa crescer no dia 17 de setembro e, com isso, reunirmos um enorme número de serventuários para ocuparmos as galerias da Alerj, exigindo que o PL do reajuste seja aprovado na íntegra”, alerta Amarildo Silva, presidente do Sind-Justiça.

17 DE SETEMBRO

Continuidade da greve e ocupação das galerias da Alerj, a partir das 15h. Logo depois, assembléia da categoria para avaliação do movimento.

PASSEATA REÚNE MAIS DE MIL PESSOAS NO CENTRO DO RIO

Apesar da chuva, quase mil manifestantes realizaram a passeata unificada na tarde do dia 16 de setembro. A manifestação saiu da Candelária e se encerrou na porta da sede da Petrobrás, local onde uma vigília de quatro dias pela reestatização do petróleo se inicia. Participaram da passeata, além de uma grande coluna dos serventuários do TJRJ, diversas categorias que compõe o Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Rio (Muspe) — Educação, Saúde, UERJ, Fazenda, Proderj, entre outras —, trabalhadores da Cedae e da Petrobrás, estudantes, integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Intersindical.
A unidade do movimento foi o “motor” da atividade e comemorada por todos os oradores da passeata. “Os servidores colocam outra vez em prática a luta pela defesa dos serviços e dos seus salários. Este é o exemplo de unidade que deve ser seguido por todos os trabalhadores no país”, falou José Maria de Almeida, dirigente da Conlutas. Já o deputado estadual Paulo Ramos (PDT) salientou que “Cabral está sucateando, propositalmente, o serviço público, tudo por conta das suas alianças com os grandes empresários. Os servidores já compreenderam que a unidade para lutar é a resposta a esta política”.
A importância política da manifestação foi analisada pelo serventuário Jorge Omir, delegado sindical do Fórum Central. “Estamos reunidos aqui para exigir que o governador mude as suas políticas públicas, seja no tratamento do servidor, seja em dispor uma melhor qualidade nos serviços prestados à população. Também é importante que Cabral reveja a sua política de segurança, já que a polícia do nosso estado, segundo a ONU, é uma das que mais mata no mundo. Estamos dizendo a todos que este governo não nos serve!”.

Fonte: Sind-Justiça-RJ
(Incluída em 17/09/2008 às 11:01)

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