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Servidor ganha R$ 584 de auxílio-alimentação

STF

O governo federal gastará neste ano R$ 3,2 bilhões para custear alimentação, assistência médica e creche dos filhos de seus servidores. Esse valor, repartido por cerca de 700 mil famílias de funcionários públicos, equivale a 37% do que o governo também planeja despender em 2006 com seu principal cartão-postal, o programa Bolsa Família, que complementa a renda de 30 milhões de pessoas em situação de pobreza e fome.

Enquanto a mesada paga para essas famílias não passa de R$ 90 por mês, no caso dos servidores de alguns órgãos federais o auxílio-alimentação pode chegar a seis vezes mais. É o caso dos funcionários do Supremo Tribunal Federal (STF), que ganham em média R$ 584,80 por mês quase dois salários mínimos só de subsídio para sua alimentação.

Valor semelhante é recebido por 81 mil servidores e magistrados do Judiciário federal, inclusive aqueles localizados nos rincões do País.

Distorção

O auxílio financeiro permite ao servidor da Justiça gastar em média R$ 21 por dia com sua refeição, enquanto o Bolsa Família não garante mais de R$ 3 por dia por família. Mas as distorções também se reproduzem por outras áreas do próprio setor público, onde o benefício não é tão alto quanto no Legislativo e no Judiciário.

No Executivo, por exemplo, a média do auxílio cai para R$ 159,36 por mês. O mais baixo de todos é pago aos servidores da Companhia de Navegação do São Francisco, que recebem apenas R$ 60,50 mensais dos cofres federais para sua alimentação. Nenhum desses valores é contabilizado como despesa de pessoal pelo governo, embora sejam pagos em dinheiro, em complemento ao salário.

Mais de mil reais

Além desse benefício, outro que não é contabilizado como gasto de pessoal refere-se a assistência médica e odontológica dos servidores e seus dependentes.

Em 2006, o governo deverá gastar R$ 1,17 bilhão nessa finalidade. Já a assistência pré-escolar aos filhos dos funcionários públicos custará outros R$ 242 milhões.

Somando todos esses benefícios, alguns servidores podem acumular uma verba extra-salarial de até R$ 1.101,17, como é o caso do Senado. Não estão contabilizados aí outros auxílios eventuais e as diárias com viagens, que no ano passado custaram R$ 530 milhões.

Fonte: Jornal Diário da Tarde.
(Incluída em 17/04/2006 às 10:20)

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