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Comarca de Itaúna contesta afirmação de que depressão é doença de quem não trabalha

"Queremos que o Desembargador que sustentou que quem trabalha não adoece, responda:

O Sr. Desembargador recebe "auxílio-saúde"?

Afinal de contas, se o Sr. alega que quem trabalha não adoece e, partindo do pressuposto que V. Exa. trabalha muiiiiito, ao receber "auxílio saúde" não estaria enriquecendo ilicitamente, já que, se não adoece, não necessita do referido auxílio?

Da mesma maneira, queremos saber dos Magistrados e Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, que têm essa visão ínfima e mesquinha sobre a vida e a capacidade alheia de suportarem ou não as pressões diárias, que têm ou não condições de trabalhar sem adoecerem física ou mentalmente, se algum deles, diante do assédio e da covardia, se expostos a eles como os servidores, abaixariam a cabeça?

Todos os dias lemos sentenças e jurisprudências que punem tais pensamentos, que relegam à condição de indignidade e desrespeito aos seres humanos. Pasmem! Tais decisões são prolatados pelos mais variados magistrados em todo o Estado, mas o mesmo não tem sido aplicado aos serventuários do Judiciário mineiro, que têm que abaixar a cabeça em subserviência idiossincrásica, mostrando à toda a sociedade o próprio bumbum.

É uma pena! Antes trabalhávamos por amor ao ofício, hoje trabalhamos pela mera necessidade de sobrevivência.

Sem amor ao ofício, vão embora os ideais, restam-nos apenas o vazio de uma conjuntura mesquinha, irredutível, de homens que se sentem acima dos direitos humanos preceituados pela Constituição Federal.

Abaixo o silêncio!
Abaixo a violência moral!
Abaixo a passividade da classe!

Queremos que o TJMG saiba, Itaúna não parou apenas porque a maioria quer uma greve total, por tempo indeterminado, e danem-se as leis antigreve, porque se as leis só servem à minoria, porque a maioria tem que se curvar a elas?"

*Texto enviado pela delegada sindical da Comarca de Itaúna

(Incluída em 16/04/2015 às 12:50)

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